Planejamento da Ponte Preta aumenta dúvidas do torcedor para a temporada

Opção foi pela montagem de equipe mediana, com projeção de que possa crescer

Planejamento da Ponte Preta aumenta dúvidas do torcedor para a temporada

Como diria o saudoso repórter Renato Silva, o Bico Fino, quem beijou, beijou; quem não beijou não beija mais. Feche o caixão e siga o enterro.

Exceto outras raras contratações pontuais doravante, a Ponte Preta já mostrou a sua cara neste início de temporada.

Agora, cabe, naturalmente, aos seus torcedores tirarem as primeiras conclusões daquilo que vem pela frente.

Ela teria que obrigatoriamente fazer um rapa daquele desastroso elenco do ano passado, montado pelo gerente de futebol Gustavo Bueno.

Todavia, a reposição de ‘peças’ ficou bem aquém do esperado pelo torcedor.

Com dinheiro encurtado, o projeto para o futebol foi definido como tiro certo em contratações, para evitar a enxurrada de erros provocadas ano passado, que resulta agora em claro prejuízo financeiro ao clube, sem que alguém seja responsabilizado por isso.

WESLEY MATTOS

Daqueles que chegaram, o zagueiro Wesley Mattos correspondeu com a camisa do Vila Nova goiano durante o Campeonato Brasileiro da Série B.

Logo, a projeção é que esteja à altura da montagem de um time mediano.

Para quem cobrou chegada de ‘nomes’ reconhecidamente qualificados, o treinador pontepretano, Eduardo Baptista, respondeu que ‘nome não ganha jogo’. Disse que a prioridade foi contratações de jogadores de caráter, identificados com aquilo que representa a Ponte Preta.

Seria o atacante Serginho o atleta ideal para a beirada de campo, na esquerda?

Taticamente se encaixa na estratégia de recomposição. Como titular é uma incógnita.

A velha mania de trazer jogadores do Corinthians foi repetida. A questão que se coloca é a seguinte: se o Timão perdeu peças importantes, é compreensível que o seu elenco ficou debilitado.

Assim, a troco de que iria se desfazer, mesmo que temporariamente, de jogadores que lhe possam ser úteis?

IVAN

É extremamente arriscada essa posição do treinador Eduardo Baptista ao fixar o goleiro Ivan como titular, relegando o experiente Aranha.

Confirmando-se essa alteração, questiona-se se é levado em consideração essencialmente o aspecto técnico, ou seria um processo de fritura de Aranha por razões diversas.

Que Ivan tem qualidade, não se discute. Já foi citado aqui que na base é o único jogador devidamente preparado para integrar o elenco de profissionais, embora pequenos defeitos ainda precisam ser corrigidos, um deles de espalmar bola para o seu campo de jogo até em chute de longa distância, quando o recomendável seria expulsá-la para escanteio.

O fato de o treinador confiar cegamente na garotada da base provoca risco de a Ponte Preta dar um tiro no pé.

Já citei ‘ene’ vezes que defeitos técnicos na base não foram corrigidos porque treinadores tiveram preocupação excessiva com aspectos táticos.

Oxalá agora haja paciência para as devidas correções. Depois, o caminho é se constatar quem, de fato, estaria em condições de ficar por aqui.