Para presidente da Uefa, crise de corrupção no futebol já foi superada
Em 2015, um total de 41 dirigentes e empresários esportivos foram indiciados nos Estados Unidos por corrupção
Em 2015, um total de 41 dirigentes e empresários esportivos foram indiciados nos Estados Unidos por corrupção
Campinas, SP, 13 – O esloveno Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, garante que a crise de corrupção nas instituições do futebol está encerrada. Ao promover nesta terça-feira em Genebra, na Suíça, um jogo com a ONU para recolher fundos para projetos sociais, o dirigente insistiu que um dos capítulos mais negros da administração do esporte faz parte do passado.
“Estou certo que a página foi virada”, disse Aleksander Ceferin, ao responder ao Estado. “Tenho muitos contatos na Fifa e sei que a página está virada la também”, insistiu.
Em 2015, um total de 41 dirigentes e empresários esportivos foram indiciados nos Estados Unidos por corrupção. Nove deles foram presos em Zurique e, em abril deste ano, parte das sentenças serão conhecidas. José Maria Marin, ex-presidente da CBF, está detido em Nova York, nos Estados Unidos. No Brasil, o presidente afastado da CBF, Marco Polo Del Nero, aguarda uma decisão da Fifa para saber se será banido do esporte ou se poderá voltar a dirigir o futebol nacional.
Na Uefa, porém, Aleksander Ceferin quer dar um sinal claro de que rompeu com o passado. Segundo ele, a Uefa é “mais limpa que muitas entidades”.
Sua certeza sobre a limpeza no futebol se contrasta com as investigações nos Estados Unidos. O FBI já deixou claro que, apesar de condenar alguns dos cartolas da Fifa, ampliou o seu inquérito e está examinando como torneios foram distribuídos entre diferentes países, inclusive a sede da Copa do Mundo.
SOLIDARIEDADE
As declarações do presidente da Uefa foram feitas enquanto ele anunciava um jogo para arrecadar fundos e que contará com Ronaldinho Gaúcho e Luis Figo como capitães dos times de estrelas. Um primeiro duelo será realizado no dia 21 de abril e ainda terá em campo, em Genebra, astros como Eric Abidal, Cafu, Robert Pires, Trezeguet e outros.
Durante o evento, Aleksander Ceferin voltou a mostrar a sua resistência à criação de um Mundial de Clubes, como quer a Fifa, com 24 times. “Não há qualquer certeza sobre isso”, garantiu. “Não se sabe qual formato terá, quando ocorrerá e nem se isso tudo ocorrerá”, afirmou.
A Fifa quer tomar uma decisão sobre a criação do novo torneio em meados de março, quando a entidade volta a se reunir com sua cúpula em Bogotá, na Colômbia.