Paulista A3: Mogi Mirim cancela treino por falta de material após corte de energia
O clube não conseguiu lavar os uniformes que seriam utilizados pelos jogadores nesta quinta-feira
O clube não conseguiu lavar os uniformes que seriam utilizados pelos jogadores nesta quinta-feira
Mogi Mirim, SP, 15 (AFI) – A situação do tradicional Mogi Mirim é desesperadora. Matematicamente rebaixado para Segunda Divisão do Campeonato Paulista e vindo de uma derrota de WO para o EC São Bernardo, no último final de semana, o Sapão da Mogiana agora precisa conviver com a falta de energia no Vail Chaves, o que acarretou o cancelamento do treino desta quinta-feira.
Como o clube não pagou a conta, toda a energia do estádio foi cortada na última terça-feira, incluindo o alojamento dos jogadores e a cozinha. A atividade desta quinta acabou sendo cancelada porque o clube não teve condições de lavar o material de treinamento do elenco justamente devido a falta de energia.
O Portal Futebol Interior entrou em contato com a assessoria de imprensa do Mogi Mirim, que disse: “A posição dos gestores é que eles estão em busca de recursos para quitar a conta de luz e assim acontecer o religamento”. Em relação a alimentação dos jogadores, o clube vem comprando as misturas no momento do almoço e da janta, já que por conta da energia os alimentos não podem ser armazenados.
O Sapão da Mogiana teve seu rebaixamento para a Segundona decretado no último final de semana devido a derrota para o EC São Bernardo por WO, já que o clube não solicitou a mudança de local para o Estádio Francisco Vieira, em Itapira, onde mandou seus jogos durante a Série A3. Isso porque o Vail Chaves está interditado.
Até aqui, o Mogi Mirim somou apenas sete pontos nas 16 rodadas realizadas – uma vitória, quatro empates e 11 derrotas. O Sapão da Mogiana ainda tem pela frente Rio Branco e Marília, que estão na zona de rebaixamento.
OS RESPONSÁVEIS?
No início do ano, o departamento de futebol profissional do Mogi Mirim foi terceirizado pelo presidente Luiz Henrique de Oliveira e a gestão ficou sob responsabilidade do empresário Márcio Granada e o ex-jogador Alessandro Álvares da Silva, mais conhecido como Botijão. Os dois, porém, não conseguiram colocar o tradicional clube do interior paulista nos eixos.
Márcio Granada ficou conhecido no meio do futebol por organizar diversos amistosos e torneios, mas também por acumular problemas judiciais. O Santos, por exemplo, cobrou pouco mais de R$ 170 mil do empresário em relação a bilheterias e outras despesas de um amistoso realizado contra o XV de Piracicaba, em 2010.
Outro caso envolvendo Granada que ganhou destaque nacional aconteceu no ano passado. Jovens pagaram de US$ 2,5 mil a US$ 5 mil para o empresário com a promessa de jogarem nos Estados Unidos, mas revelaram que passaram dificuldades e o acordo acabou não sendo cumprido pelo dirigente do Mogi Mirim.