CARIOCA: Sob comando de Valentim, Botafogo vence Vasco nos pênaltis e é campeão
O feitiço virou contra o feiticeiro; Fogão marca no fim, leva para as penalidades e elimina o Trem Bala
O feitiço virou contra o feiticeiro; Fogão marca no fim, leva para as penalidades e elimina o Trem Bala
Rio de Janeiro, RJ, 08 – Com muito drama, emoção e gol no último lance da partida, o Botafogo derrotou o Vasco por 1 a 0 neste domingo, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, levou a decisão para os pênaltis e, com atuação decisiva do goleiro paraguaio Gatito Fernández, que defendeu duas cobranças, encerrou um jejum de cinco anos sem título do Campeonato Carioca.
Em campo, o jogo foi nervoso, muito truncado e com poucas chances de gol, muito em função da boa marcação vascaína, que conseguiu segurar as investidas botafoguenses mesmo após ficar com um a menos no final do primeiro tempo, quando Fabrício foi expulso por entrada dura na panturrilha de Luiz Fernando, mas não contava com o faro de artilheiro do zagueiro Joel Carli.
Com direito a muito drama e emoção, o argentino foi ao ataque e, em lance de oportunismo, pegou rebote dentro da área e chutou rasteiro no meio do gol para marcar aos 49 minutos o gol que levou a decisão às penalidades.
Nas cobranças, brilhou a estrela de Gatito Fernández, que viu o seu companheiro Rodrigo Pimpão parar no uruguaio Martín Silva, mas defendeu as cobranças de Werley e Henrique e saiu em direção à torcida para comemorar o 21.º título estadual do Botafogo. Com 34 taças, o Flamengo é o maior campeão, seguido por Fluminense, com 31, e Vasco, com 24.
PRA GALERIA!
O título é o primeiro de Alberto Valentim em sua curta carreira de técnico. Depois de deixar o Palmeiras no começo da temporada, ele chegou neste ano em situação difícil – após eliminação logo na primeira fase da Copa do Brasil – e arrumou o Botafogo, que, antes de sagrar-se campeão carioca, eliminou o Flamengo na semifinal.
Embaixador do Campeonato Carioca, Pelé não compareceu à decisão. O Rei do Futebol entregaria a taça ao campeão após a final neste domingo, no Maracanã, mas não apareceu em razão de dores lombares que o impediram de viajar até o Rio de Janeiro.
EQUILÍBRIO!
O primeiro tempo da decisão foi pautado pelo equilíbrio. Como acontece em grande parte das finais no futebol brasileiro, o jogo foi truncado e houve poucas chances de gol. Quem chegou mais perto de tirar o zero do placar foi o Vasco.
Sem se apoiar na vantagem conquistada na primeira partida, o time do técnico Zé Ricardo teve dois bons lances para abrir o placar com Yago Pikachu. Na primeira, Gatito Fernández defendeu o chute de fora da área e o vascaíno não conseguiu concluir em direção ao gol na segunda tentativa.
A leve superioridade vascaína foi desmontada aos 36 minutos, quando Fabrício deu uma entrada dura na panturrilha de Luiz Fernando e foi expulso. O lateral-esquerdo recebeu o vermelho direto pelo pisão que tirou o atacante botafoguense, melhor em campo, do jogo. Em seu lugar, Alberto Valentim colocou Rodrigo Pimpão. Após a expulsão, o time melhorou na partida, mas não o suficiente para pressionar o rival.
É CAMPEÃO!
Alberto Valentim arriscou e gastou logo no intervalo as duas substituições que tinha. Colocou Gilson na vaga de Moisés, que passou mal e teve de ser abanado, e mandou o centroavante Kieza no lugar do volante Marcelo. Zé Ricardo respondeu colocando o zagueiro Werley na vaga do lateral-direito Rafael Galhardo.
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Como esperado devido à necessidade de o Botafogo vencer, o jogo virou ataque contra defesa e o Vasco, com cautela, tentou sair nos contragolpes quando deu. Apesar de ter muito mais posse de bola, o time de Alberto Valentim não conseguia furar o ferrolho vascaíno. Brenner chegou perto em desvio dentro da área, mas Martin Silva fez bela defesa.
Nos minutos finais, os zagueiros botafoguenses foram para a área e quando a torcida do Vasco já estava pronta para gritar “é campeão”, Joel Carli pegou rebote dentro da área e chutou rasteiro, no meio do gol, para fazer, aos 49 minutos, o gol inacreditável àquela altura que levou a decisão para os pênaltis.
Nas cobranças, entre Gatito Fernández e Martín Silva, dois especialistas em pegar pênalti, melhor para o botafoguense, que viu o seu companheiro Rodrigo Pimpão errar, mas defendeu os chutes de Werley e Henrique e deu o 21.º título do Campeonato Carioca ao Botafogo.