Saudoso professor Teixeira trabalhou no Guarani em 1982

Saudoso professor Teixeira trabalhou no Guarani em 1982

Saudoso professor Teixeira trabalhou no Guarani em 1982

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Em 1982 o Guarani foi o terceiro clube mais bem colocado do Campeonato Brasileiro. Não conseguiu avançar na fase semifinal porque o seu adversário foi o poderoso Flamengo.

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O saudoso treinador Zé Duarte, que havia moldado aquela equipe, permaneceu no clube, por quase um turno do Campeonato Paulista.

E após hesitação sobre o substituto, dirigentes bugrinos, à época, optaram pela contratação do treinador professor José Teixeira, que estreou com derrota para o Botafogo por 3 a 2, em Ribeirão Preto.

Dia cinco de setembro daquela temporada, num time formado por Wendell; Toninho, Darcy, Odair e Almeida; Júlio César, Ailton Lira e Jorge Mendonça; Marlon (Sotter), Careca e Banana (Delém).

Pois esse José Teixeira morreu neste 13 de abril. E se é possível uma escolha sobre o formato para a morte, a opção seria como a dele: de repente, vítima de infarto fulminante, em São Paulo.

OITO VITÓRIAS

Por 18 jogos José Teixeira dirigiu o Guarani, com retrospecto de oito vitórias, cinco empates e cinco derrotas.

Suspeitava-se que após a acachapante derrota para o São Paulo por 6 a 1, em Campinas, ele seria desligado, por causa da pressão.

Afinal, ele dispunha de uma equipe com jogadores renomados como Ailton Lira, Jorge Mendonça e Careca para ser humilhada com aquela goleada.

Todavia resistiu. Contou com apoio dos dirigentes, e ficou no cargo até o dia 10 de novembro daquele ano, na vitória sobre o Juventus por 3 a 1, substituído interinamente pelo preparador físico José Carlos Queiroz.

PSICOLOGIA

Embora estudioso sobre futebol, professor Teixeira não era da escola de treinadores estrategistas. Foi o típico comandante que usava muita psicologia para tomadas de decisões. Sabia conversar separadamente com os jogadores para explicar o pretendido ou os motivos que o levavam a ‘sacá-los’ do time.

Professor Teixeira foi preparador físico do treinador Oswaldo Brandão, no Corinthians, e anos depois dirigiu o clube, assim como registrou passagens por clubes brasileiros, Milionários da Colômbia e no Oriente Médio.

ITUANO

Uma das melhores passagens foi no Ituano, quando sagrou-se campeão da então denominada segunda divisão paulista, na disputa do título com a Ponte Preta em 1989. Na ocasião, ambos conquistaram acesso ao Paulistão.

Há cerca de cinco anos recebi e-mail do professor Teixeira se prontificando a entrevista para ser focalizado nesta linha jornalística de preservar a memória daqueles que militaram no futebol.

Falhei. Tenho por norma homenagear aqueles que conheço em vida, por entender o quão gratificante fica o homenageado.

Não coloquei o nome do professor Teixeira na agenda dos focalizados, mas, do céu, deve estar conferindo o registro tardio de trecho de sua biografia.