São Bernardo do Campo, SP, 20 (AFI) – No futebol, uma velha máxima acompanha atletas, treinadores e clubes: a vitória satisfaz, mas a derrota ensina. É com esse pensamento que Wilson Junior, comandante do São Bernardo, guia sua carreira. Em 27 jogos no comando do Bernô, o técnico saiu de campo derrotado em apenas quatro oportunidades, mas quer ir além.

Na Série D de 2017, o clube do Grande ABC chegou perto do acesso, caindo na terceira fase após apenas uma derrota em dez partidas, e uma das melhores campanhas da competição. Na Série A2 desse ano, o roteiro foi semelhante, com um revés em 15 jogos na fase inicial, mas caindo na semifinal, a um triunfo do acesso.

“Costumo dizer que, graças a Deus, tive trabalhos com bons números. Isso mostra regularidade e é um ponto que me deixa muito feliz. A cada dia amadureço mais e alcanço novos degraus. Sei que consegui mostrar essa evolução como treinador no São Bernardo, com a campanha desse ano na Série A2”, comentou o técnico.

Após grande campanha com o São Bernardo na A2, Wilson Junior foca em curso de gestão

GRANDE CONHECIMENTO
A fim de tornar-se cada vez mais um “especialista” em sua área, Wilson busca agregar conhecimento com livros, conversas e, principalmente, cursos. Nesse momento, o técnico participa de um grupo de estudos de inteligência emocional, para entender melhor como “funciona” a cabeça dos jogadores.

“Leio muito sobre futebol, e participo de um grupo de comunicação com outros treinadores, analistas de desempenho e ex-jogadores. Trocamos muitas ideias sobre esporte. Assisto jogos diariamente, e estou fazendo um curso de inteligência emocional e coaching. Tática e técnica são importantes, mas precisamos entender a mente dos jogadores para gerir o grupo melhor. Esse vem sendo meu foco”, disse.

INDO MUITO BEM NO INÍCIO DA CARREIRA
Com bons números em sua ainda curta carreira como treinador, Wilson Junior não pensa em queimar etapas em seu processo de amadurecimento na função, já que ainda é jovem (41 anos). Porém, já projeta um futuro intercâmbio no exterior e, quem sabe, trabalhar no Velho Continente.

“Joguei fora durante oito anos da minha carreira e percebo o quanto o intercâmbio é importante. Além disso, precisamos assistir jogos em todas as divisões no Brasil e conversar com os treinadores. Só assim conseguimos agregar conhecimento. Quero terminar meu curso e, posteriormente, se possível, visitar outros países e conversar com técnicos estrangeiros e de outros esportes”, afirmou, antes de completar.

“Meu sonho no futebol é chegar à Série A do futebol brasileiro como treinador. Quem sabe, eventualmente, trabalhar fora do Brasil. Tenho trabalhado em minha carreira para atingir esse objetivo, de treinar um grande time europeu. Faltam técnicos brasileiros nesse mercado, precisamos desbravar isso”.