Saída de Aderllan expõe erros do São Paulo em contratações
Além do zagueiro, Neilton e os meia-atacantes Thomaz, Maicosuel, Cícero e Jonatan Gómez viveram situações parecidas
O zagueiro Aderllan, liberado pelo São Paulo para acertar com o Vitória na segunda-feira, deixou o Morumbi após cinco jogos disputados em pouco mais de nove meses de casa
São Paulo, SP, 24 – O zagueiro Aderllan, liberado pelo São Paulo para acertar com o Vitória na segunda-feira, deixou o Morumbi após cinco jogos disputados em pouco mais de nove meses de casa. Contratado do Valencia, da Espanha, custou, à época, cerca de R$ 1,85 milhão. Une-se, assim, a uma lista de reforços que trilharam roteiro parecido: pouco contribuíram em campo e deram adeus aos são-paulinos antes do término dos seus contratos – o de Aderllan ia até o fim deste ano.
Podem ser incluídos nessa relação o atacante Neilton e os meia-atacantes Thomaz, Maicosuel, Cícero e Jonatan Gómez. Em comum, eles escancaram a “bagunça” da gestão do São Paulo, que nos últimos dias quase “repetiu o filme”: esteve perto de ceder Diego Souza ao Vasco, arcando com parte dos salários do jogador. A repercussão negativa de tal possibilidade parece ter acendido a luz amarela nos dirigentes, que resolveram recuar e apostar mais um pouco no meia-atacante, passados pouco mais de três meses desde a sua chegada.
Dos nomes citados acima, apenas Neilton e Cícero chegaram “de graça”. O primeiro foi envolvido em uma troca com o Cruzeiro pelo volante Hudson. Ficou cinco meses, jogou 12 vezes, não fez nenhum gol e acabou devolvido aos mineiros antes que o acordo expirasse. Posteriormente, o Vitória o contratou.
Cícero, por sua vez, chegou sem custos na transação com o Fluminense, mas ganhava cerca de R$ 350 mil de salário (o teto do clube na ocasião), sendo 70% pago pelos paulistas e 30%, pelos cariocas. Passou nove turbulentos meses no CT da Barra Funda, período no qual participou de 30 jogos e marcou quatro gols. Após ser afastado, rescindiu antes do encerramento do vínculo firmado.
Juntos, os outros três – Maicosuel, Thomaz e Gómez – custaram aproximadamente R$ 6,5 milhões. Em enredo semelhante ao dos atletas já mencionados, praticamente não jogaram antes que a diretoria resolvesse dispensá-los. Mas o caso do trio difere em uma questão: todos ainda têm seus direitos econômicos ligados ao São Paulo, mas acabaram emprestados a outras equipes.
Confira abaixo um resumo de cada caso:
Neilton
Período no São Paulo: 5 meses
Anunciado em: 22/12/2016
Custo: zero, pois envolvido na troca com Hudson
Jogos: 9
Gol: 0
Destino: saiu em 24/5/2017 (voltou ao Cruzeiro, que o negociou com o Vitória)
Cícero
Período no São Paulo: 9 meses
Anunciado em: 29/12/2016
Custo: salário de R$ 245 mil (70% do valor total; o restante era pago pelo Fluminense)
Jogos: 30
Gols: 4
Destino: saiu em 28/9/2017 (acertou com o Grêmio)
Thomaz
Período no São Paulo: 9 meses e meio
Custo: US$ 80 mil (R$ 256 mil)
Anunciado em: 29/3/2017
Jogos: 19
Gols: 2
Destino: saiu em 11/1/2018 (emprestado a Red Bull Brasil e Paysandu; tem contrato com o São Paulo até 2020)
Maicosuel
Período no São Paulo: 7 meses
Anunciado em: 7/6/2017
Custo: R$ 3,6 milhões
Jogos: 9
Gols: 2
Destino: saiu em 31/1/2018 (emprestado ao Grêmio, tem contrato com o São Paulo até 2020)
Jonatan Gómez
Período no São Paulo: 6 meses
Anunciado em: 21/6/2017
Custo: US$ 800 mil dólares (cerca de R$ 2,6 milhões)
Jogos: 12
Gol: 0
Destino: saiu em 28/1/2018 (emprestado aos árabes do Al-Fayha, tem contrato com o São Paulo até 2020)