Enfim, a chance para Neto Costa colocar um ‘nó’ na cabeça de Brigatti
Expectativa é que o centroavante preencha a carência de centroavante da Ponte
Enfim, a chance para Neto Costa colocar um ‘nó’ na cabeça de Brigatti
Semana passada abordei a convencional posição de treinadores de futebol em relação a corporativismo.
Citei o caso do interino João Brigatti, da Ponte Preta, que, por lógica, antes da partida contra o Fortaleza, já poderia ter definido formação ofensiva com os rápidos André Luís e Júnior Santos pelas beiradas de campo, o que possibilitaria a escalação do centroavante Neto Costa.
Caso a formação ofensiva fosse a citada, ficaria sobrando no time pontepretano Danilo Barcelos, que não se define como meia organizador e muito menos atacante com frequente chegada à área adversária.
Logo, a utilidade tática dele tem-se restringido à voluntariedade para ser coadjuvante de lateral-esquerdo e facilidade para bater na bola.
Barcelos é um dos líderes do grupo, tem aceitação da torcida e parcela significativa da mídia, motivos que Brigatti pode ter julgado mais de que suficientes para ser intocável.
NETO COSTA
Como no futebol tem sempre o amanhã, eis aí a chance para Neto Costa provar ao treinador que merece fixação na equipe, caso aproveite bem esta oportunidade diante do fraco Boa Esporte, neste sábado.
Com André Luís suspenso, Brigatti também pode avaliar mais uma vez que Júnior Santos, na beirada do campo, tem versatilidade para ser coadjuvante na marcação.
Assim, caso Neto Costa corresponda plenamente às expectativas, o bom senso indica que seja mantido no time, até porque a Ponte ainda carece do homem de área para complemento das jogadas.
Claro que não passaria pela cabeça do treinador sacar o voluntarioso Júnior Santos, em momento de ascensão. E o retorno de André Luís, na partida subsequente, é uma obrigatoriedade.
O cenário indica que Barcelos coloque as ‘barbas de molho’ e trate de justificar titularidade, coisa que não anda acontecendo.
MÁRIO SÉRGIO
Por ene motivos é praxe a treinadorzada adotar corporativismo no futebol.
Tolera-se o boleiro jogar apenas com o nome para minimizar situação aparentemente constrangedora no grupo.
É, circunstancialmente, compreensível essa estratégia, embora eu discorde.
Prefiro o contraponto provocado pelo saudoso Mário Sérgio Ponte de Paiva, enquanto treinador, que mexia nas equipes que dirigia até mesmo em caso de vitória.
Mário Sérgio avaliava o máximo que a sua equipe poderia extrair, conforme as suas convicções. Logo, jogador abaixo do rendimento esperado ia pro banco.
De repente, até alguns atletas que convenciam acabavam sacrificados se o esquema de jogo assim recomendava.
ORINHO
Como o lateral-esquerdo Orinho já cumpriu suspensão, é inegável que o reaparecimento dele na posição representaria um ganho para a equipe.
O maior volume de jogo ofensivo da Ponte propicia os seus avanços, pois assim poderia explorar a rápida transição e chute forte de longa distância.
Claro que isso não traria prejuízo ao regularíssimo Ruam, que migraria para a sua posição original de lateral-direito.
Todavia, prevalece o conservadorismo de se mexer apenas no imprescindível, e assim Igor é mantido na lateral-direita.