Adeus a Milton Buzetto, zagueiro central de meu time de jogo de botão

Ele marcou época como atleta e treinador do Juventus

Adeus a Milton Buzetto, zagueiro central de meu time de jogo de botão

0002050342286 img

Captei vídeo que viraliza na internet sobre cão que não desgruda de túmulo daqueles que foram seus donos, em cemitério de Jundiaí, e esse é o assunto na coluna Informacão.

Desde a implantação do portal Futebol Interior, em 1999, tenho me dedicado semanalmente ao quadro Memórias do Futebol, com resgate de personagens que fizeram a história do esporte bretão.

Nesta semana, por exemplo, já havia produzido material sobre o ex-meia Tostão, que não é o médico Eduardo, mas igualmente com passagem pelo Cruzeiro e Coritiba, entre outros clubes.

0002050342287 img

Por falha de pauta, deixei de focalizar o zagueiro e treinador Milton Buzetto, falecido nesta segunda-feira em Piracicaba, na iminência de completar 81 anos de idade.

Logo, o espaço nesta edição fica reservado para ele não apenas por ter introduzido ou implementado a retranca no futebol paulista, mas porque jogava no meu time de botão, na década 60.

Que moleque da época não tinha o seu jogo de botão? Coincidência ou não, meu time era o grená da Mooca de São Paulo.

O primeiro deles – sem precisar o ano – incompleto, contava com o goleiro Claudinei, lateral Diógenes, zagueiros Clóvis e Milton (sem usar o sobrenome), volante Hidalgo e centroavante Bira. Não me recordo os demais jogadores.

O segundo foi formado por Heitor; Joel, Milton Buzetto, Fernando e Geraldo Scotto; Benetti e Brecha; Antoninho, Andes, Adilson e Waldir.

Vi Milton Buzetto jogar contra o Guarani em 1969, na quarta-zaga – ano em que encerrou a carreira -, ao formar dupla com o central Carlos.

Futebol era assim naquela época: atleta identificado apenas com o prenome, caso de Carlos, diferentemente da atualidade em que se exige nome composto.

Buzetto foi zagueiro rebatedor e se impunha basicamente no jogo aéreo, porque marcava a bola quando alçada ao interior de sua área.

TREINADOR

Na história do futebol, Buzetto ficou marcado como treinador retranqueiro.

Pouco se importava com críticas ásperas de adversários e imprensa por colocar em prática o chamado ferrolho no time do Juventus, e jogava descaradamente por uma bola.

Portanto, nada diferente daquilo que chamados grandes clubes colocavam em prática na atualidade.

Por vezes o seu Juventus era bem-sucedido. Logo, cautelosos apostadores da Loteria Esportiva se viam obrigados a gastar pelo menos um triplo na aposta, quando o ‘Moleque Travesso’ estava inserido no concurso.

Entre os anos 1976-77 Buzetto treinou o Guarani, mas à época eu jogava futebol no time amador do Diário do Povo, com agenda de partidas aos domingos à tarde, e fiquei com vaga recordação sobre a passagem dele por Campinas.

Já que a coluna é produzida por ‘centas’ mãos, com participações de saudosistas como Tio Lei, João da Teixeira, Ariovaldo Zanelli, Agostini, etc, etc, sugiro que dividamos o espaço contando cada qual a sua experiência, inclusive sobre a passagem de Buzetto pelo Guarani.