Enfim, Chamusca não quer correr risco com Barcelos na lateral

Nicolas deve ser confirmado na lateral-esquerda da Ponte

Enfim Chamusca não quis correr risco com Barcelos na lateral

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Alô Marcelo Chamusca, treinador da Ponte Preta: não precisa ficar com charminho ao citar que vai mexer em três setores da equipe.

Enfim você percebeu que não dá pra apostar no lento Danilo Barcelos na lateral-esquerda, principalmente para marcar o rápido e hábil Michael do Goiás, na partida programa para a noite desta sexta-feira em Goiânia.

Há risco de que Nicolas, a ser confirmado como substituto na posição, sinta falta de ritmo. Afinal, foi sacado injustamente da equipe, para fixação de Barcelos.

Claro que Nicolas marca melhor, mas jogador depende de ritmo de jogo.

Ele também tem mais força física para levar a bola ao ataque, embora na maioria das vezes não saiba definir a melhor alternativa.

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TREINOS SECRETOS

A rigor, soa até como ironia porteiros do CT do Jardim Eulina informarem a repórteres sobre treinos secretos durante a semana.

Cá pra nós: esconder o que deste time pontepretano?

Jogada ensaiada? Qual? Levantar bola pra zagueiro tentar o cabeceio está manjadíssima.

Na passagem pelo Guarani, Chamusca ensaiava bola parada levantada pouco além do segundo pau, para ser escorada ao interior da área, e alguém completara jogada.

Teria alguma coisa diferente disso?

A Ponte precisa melhorar e muito para não perder a partida, visto que o Goiás é tido como franco favorito.

COISAS DIFERENTES

Como a Ponte joga fora de casa, é natural que se defenda em Goiânia.

Na condição de mandantes, Ponte e demais clubes brasileiros deveriam se espelhar no treinador Guilhermo Schelotto, do Boca Juniors, que mostrou caminho alternativo para desmontar rigorosos esquemas defensivos.

Contra o Cruzeiro, na noite de quarta-feira, no Estádio La Bomboneira em Buenos Aires, na Argentina, ele escolheu o lado direito de seu time para atacar.

Quando a bola chegava rapidamente ao fundo de campo, a maioria dos cruzamentos era feito no chão, com tudo devidamente ensaiado.

Três ou quatro jogadores de sua equipe se posicionavam na área para a conclusão e dois ficavam pouco atrás quer para aproveitar rebote defensivo, quer para ficar com a bola após ‘parede’ feita por aqueles que estavam na área. Por sinal, já citei que o São Paulo usa esse experiente.

Antes que você diga que Boca é Boca e Ponte é Ponte, cabe ressaltar que nem de longe o time argentino lembra aquele futebol qualitativo. Pauta-se pela velha raça portenha, sentido básico de organização e jogadas bem ensaiadas.

Como ocorre com clubes sul-americanos, seus jogadores são condicionados a receber a bola no ataque mesmo marcados. Eles sabem usar o corpo como proteção, enquanto por aqui roda-se a bola e evita-se tocá-la a quem está marcado.

Outra constatação é que no Boca não há lentidão e desperdício de o zagueiro central tocar a bola ao quarto-zagueiro e receber devolução, sem que haja evolução da jogada.

Na Ponte, torcedor até se enerva com Renan Fonseca e Reginaldo trocando passes e retardando a chegada da bola ao ataque. Foi assim com o antecessor João Brigatti e continua com Chamusca.