É CAMPEÃO! Ivan defende pênalti e Brasil é campeão em cima do Japão em Toulon
Goleiro pontepretano defendeu a última cobrança do Japão e fechou a série em 5 a 4 para o Brasil
Goleiro pontepretano defendeu a última cobrança do Japão e fechou a série em 5 a 4 para o Brasil
Campinas, SP, 15 – A seleção brasileira olímpica derrotou o Japão nos pênaltis, neste sábado, e conquistou o Torneio Maurice Revello, o antigo Torneio de Toulon, na França, pela nona vez. O jogo terminou empatado em 1 a 1 no tempo normal, no Stade d’Honneur Marcel Roustan, na cidade de Salon-de-Provence e, nas penalidades, brilhou a estrela do goleiro Ivan (da Ponte Preta), que defendeu a última cobrança de Hatete para garantir o título.
O Brasil chegou ao seu nono título da tradicional competição disputada em solo francês. A última taça havia sido conquistada em 2014. Nos quatro últimos anos, os brasileiros não foram sequer à decisão, mesmo assim o País é o segundo maior vencedor da história da competição, atrás apenas da anfitriã França, detentora de 12 troféus.
CAMPANHA CARINHO
Antes de chegar e vencer a final, a trajetória quase perfeita da equipe nacional na competição teve goleadas sobre Guatemala e França, ambas por 4 a 0, e Catar, por 5 a 0, além de vitória por 2 a 0 em cima da Irlanda nas semifinais.
Pouco exigida nos quatro jogos anteriores no torneio, a seleção brasileira teve muitas dificuldades para superar os japoneses, que chamaram a atenção pela disciplina tática e pela organização em uma partida bastante equilibrada.
O time do técnico André Jardine comandou as ações, de modo que foi superior na posse de bola, finalizou mais vezes que o rival, mas produziu pouco e não foi brilhante diante dos asiáticos, que, fiéis à estratégia de aproveitar um eventual erro brasileiro, foram cirúrgicos.
SAIU NA FRENTE
Um dos destaques do time brasileiro, Antony, foi quem abriu o placar. Em uma das raras desatenções defensivas do rival japonês, o meia-atacante do São Paulo recebeu de Matheus Cunha em ótima condição para marcar e bateu no canto, inaugurando o placar aos 18 minutos da primeira etapa. Ele estava impedido, mas a arbitragem não viu a irregularidade e validou o gol.
A equipe de André Jardine também cometeu falhas e o Japão, letal, aproveitou uma delas para empatar o jogo com Ogawa, que foi presenteado com um toque errado de cabeça do zagueiro Murilo e acertou chute forte no canto esquerdo do goleiro Ivan aos 36 minutos.
No segundo tempo, o ritmo caiu e o Brasil produziu pouco. Guga, Wendel, Pedro e Mateus Vital foram a campo, mas não mudaram o panorama do jogo. Matheus Cunha foi quem chegou mais perto de recolocar o time de André Jardine à frente do placar. O atacante do RB Leipzig quase marcou em cabeceio que passou rente à trave.
PÊNALTIS
Com o placar sem alteração, a disputa foi para os pênaltis. O Brasil acertou suas cinco cobranças, com Mateus Vital, Douglas Luiz, Matheus Henrique, Wendel e Lyanco e contou com a defesa de Ivan na batida de Hatete, a última dos japoneses, para ampliar seu número de títulos do torneio amistoso.
O Brasil usou a competição como forma de preparação para a disputa do Pré-Olímpico em janeiro do ano que vem, que dará duas vagas aos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, no Japão, onde a seleção defenderá a condição de campeão depois da conquista do ouro inédito no Rio-2016.