'Aqui estamos seguros. A preocupação é com quem está fora', diz Raulzinho
Em quadra, o armador vê os 76ers com chances de brigar pelo título na retomada da temporada
Em quadra, o armador vê os 76ers com chances de brigar pelo título na retomada da temporada
São Paulo, SP, 30 – Confortável para o reinício da temporada em relação ao novo coronavírus na “bolha” da NBA, o armador Raulzinho Neto admitiu que é difícil não se preocupar com os familiares e amigos que estão do lado de fora. O jogador do Philadelphia 76ers afirmou que busca informações das pessoas próximas todos os dias. “Aqui (na bolha) acho que estamos bem seguros. A preocupação é com quem está fora”, disse. “Eu converso muito com minha família para saber como estão.”
Em quadra, o armador vê os 76ers com chances de brigar pelo título na retomada da temporada, apesar de o time não empolgar antes da paralisação. “Queremos disputar o título. Sabemos da nossa força, da qualidade e da capacidade do nosso grupo”, afirmou.
Como imagina que será o retorno da NBA após este longo período de paralisação?
Difícil dizer qualquer coisa. Foram alguns meses parado, com um treinamento que nem de longe se parece com o ideal e num esporte como basquete, que exige condicionamento, precisão e que tem muito contato físico, a perda é muito grande. Eu ainda consegui me manter bem, consegui bater bola algumas vezes numa quadra, sozinho, e a cabeça estava sempre boa também. Fizemos alguns treinos, a equipe está voltando a ganhar corpo, todos estão muito motivados e focados. Aos poucos, vamos voltar ao nosso melhor ritmo.
Como tem sido viver na “bolha” da NBA?
Não é fácil, por melhor que seja o hotel, ou melhor que seja a estrutura, porque estamos com uma rotina bem limitada. Não podemos ir a qualquer lugar, nem receber visita, a família não está aqui com a gente. Isso é a parte mais complicada. Estou ficando bastante tempo no quarto, temos a nossa programação de treinos, reuniões do time, mais parece uma concentração em época de seleção. Mas está sendo melhor do que eu esperava. Estamos mais próximos, a equipe está mais unida, estamos tendo um tempo juntos que nunca tivemos durante a temporada. Estou muito feliz de poder estar em quadra novamente, de voltar a jogar.
O protocolo de segurança estabelecido pela NBA te deixou tranquilo para voltar?
Estamos num ambiente controlado, na “bolha” que foi montada pela NBA, e o que vejo passa, sim, segurança. Saíram os resultados dos últimos testes, feitos em todos os atletas que estão aqui em Orlando, e ninguém testou positivo, um sinal de que as coisas estão sendo bem feitas e que podemos ficar um pouco mais tranquilos.
Como você vê os outros jogadores… Todos estão confiantes, sem nenhuma preocupação com a covid-19?
Não ficamos falando muito sobre isso. Claro, a situação ainda é muito grave, a pandemia ainda está muito forte pelo mundo, o coronavírus é poderoso e precisamos ter todos os cuidados. Aqui acho que estamos bem seguros, a preocupação é com quem está fora, com a família, amigos, com a população. Eu converso muito com minha família, todos os dias, para saber como estão e de como estão as coisas no Brasil.
O Philadelphia 76ers está preparado para o retorno?
Estamos nos preparando da melhor maneira. Estamos muito focados, crescendo nos treinos, melhorando o entrosamento, recuperando a melhor forma e espero que a gente consiga fazer bons jogos nessa fase final de preparação, para entrar bem nos Playoffs. Temos um grupo muito forte, que está saudável, que quer muito brigar pelo título e sabemos do potencial do nosso time.
Pessoalmente, como você avalia o seu momento para o retorno?
Estou me sentindo bem. Claro que ainda recuperando o melhor do condicionamento físico, mas bem. Ainda teremos alguns jogos de preparação, partidas ainda válidas pela fase de classificação, antes do início dos playoffs, mas estou bem. Estamos confiantes em fazer uma boa competição, entrar forte nos playoffs.
A equipe tem uma campanha espetacular em casa, com 29 vitórias e 2 derrotas. O quanto isso pode pesar por jogar em uma quadra neutra?
A quadra vai ser neutra para todos. Vínhamos numa campanha muito boa como mandantes, mas esses três meses e pouco parados fizeram com que tudo mudasse, o cenário do campeonato mudasse também. Todo mundo queria poder jogar em casa, com sua torcida, mas não será possível. Vamos jogar sem eles, mas com a certeza de que vão estar nos apoiando, torcendo por nós, mesmo de longe, e vamos estar prontos para jogar o nosso melhor basquete.
Até onde o time pode chegar?
Queremos disputar o título. Essa é a vontade, o objetivo de todos aqui e, com certeza, não é diferente das outras equipes. Sabemos da nossa força, da qualidade e da capacidade do nosso grupo, e vamos pensar num passo de cada vez. A caminhada é longa, mas o nosso objetivo não poderia ser outro, se não o título.