Ponte despede-se do Paulistão em sua melhor partida do ano

Ponte despede-se do Paulistão em sua melhor partida do ano

Ponte despede-se do Paulistão em sua melhor partida do ano

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Personagem da coluna de aúdio Memórias do Futebol da semana é o iugoslavo Petkovic, que chegou ao Brasil pra jogar no Vitória (BA), mas atingiu o auge da carreira no Flamengo.

Na postagem abaixo, segue o texto sobre a vitória magra do Corinthians diante do Mirassol por 1 a 0, que agora vai decidir o título do Paulistão com o Palmeiras, que venceu a Ponte Preta por 1 a 0, na noite deste domingo, na capital paulista.

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A Ponte Preta fez simplesmente a sua melhor partida na temporada, nesta semifinal da competição.

Tudo porque o nível de dificuldade do adversário foi extremo, notadamente durante o primeiro tempo.

O time pontepretano mostrou voluntariedade, reafirmando ótimo condicionamento físico.

Não fosse assim, jamais teria se superado em campo contra um Palmeiras que vai à final mais credenciado contra o Corinthians.

LUXEMBURGO

Tem-se que reconhecer que além de capacitado, o treinador Vanderlei Luxemburgo se recicla continuadamente.

Como convém a comandante com controle absoluto sobre elenco, coloca em campo um meio de campo que mescla vigor da juventude ao talento.

O trio formado por Ramires, Patrick de Paula e Gabriel Menino se sobressai no desarme, recorrendo às faltas como última alternativa.

De posse de bola, essa boleirada empurra o time ao ataque.

Assim, é natural que exerça pressão sobre o adversário.

IVAN

Em 30 minutos de jogo o Palmeiras ameaçou cinco vezes, em três delas exigindo defesas difíceis do goleiro Ivan: duas através do atacante Roni e outra com William.

Teve a cabeçada do zagueiro Gustavo Gomez que explodiu no travessão e Apodi que travou arremate de William.

Evidente que pelo volume de jogo e oportunidades criadas, o Palmeiras teria que ser coroado com o gol ainda no primeiro tempo, e ele surgiu aos 45 minutos, quando Patrick de Paulo finalizou de fora da área, a bola desviou no zagueiro pontepretano Wellington Carvalho, e traiu o goleiro Ivan.

Como a Ponte estava viva no jogo, o polivalente Jeferson apareceu de surpresa na área palmeirense aos 47 minutos e, ao finalizar, foi travado pelo lateral-esquerdo Diego Barbosa.

MOISÉS

Além da troca de volantes, com Danrley no lugar de Dawhan, o treinador João Brigatti, da Ponte Preta, colocou o atacante Moisés no lugar de Jeferson no intervalo.

Estrategicamente, na prática o time ganhou mais força ofensiva, tanto que em bola espirrada ele teve chance do empate, mas o chute foi pra fora.

Antes disso o meia João Paulo, sem ângulo, exigiu defesa do goleiro Weverton, na melhor partida do pontepretano desde que foi contratado.

Apesar de erros de passes, viu-se o outro meia da Ponte, Zanocelo, com mais mobilidade em campo, e com isso as jogadas tiveram fluência até as proximidades da área palmeirense, quando aí se sobressaia o bem montado setor defensivo, inclusive com segura marcação do lateral-direito Marcos Rocha, não dando chances para que o atacante Bruno Rodrigues reeditasse performances anteriores.

CADENCIAR

O incessante vaivém dos meio-campistas palmeirenses durante o primeiro tempo se refletiriam naturalmente em desgaste após o intervalo.

Não bastasse isso, o lesionado Gabriel Menino, que insistia em permanecer em campo, já não tinha a mesma mobilidade, e aí o bom observador Luxemburgo mudou o formato de sua equipe, ao colocar jogadores sem a mesma mobilidade, porém com estilo de valorização de posse de bola como Zé Rafael, Bruno Henrique, Scarpa e Edu Lima, com saídas de Ramires, Gabriel Menino, William e Rony.

E a leva que entrou colocou Scarpa com chances de ampliar a vantagem duas vezes, uma delas com bola devolvida pela trave, e em outra perda de gol já aos 47 minutos.

A Ponte, em contra-ataque aos 30 minutos, ameaçou em arrancada de Bruno Rodrigues, mas faltou pernas para Roger chegar inteiro na bola e concluir.

IMPRESSÃO FAVORÁVEL

Agora as portas se abrem para o Brasileiro da Série B, e é voz corrente que se a Ponte mantiver aceitável condicionamento físico, recuperação de jogadores que não rendiam o esperado, e somar com a leva contratada durante a pandemia, fica a projeção de que tenha condições de brigar em igualdade com aqueles que vão pleitear acesso à Série A em 2021.