Por dívida com time dos Emirados Árabes, clube da Série B leva nova punição da Fifa

O Cruzeiro está proibido de registrar novos jogadores até que acerte sua dívida com o Al Wahda

O Cruzeiro está proibido de registrar novos jogadores até que acerte sua dívida com o Al Wahda

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Belo Horizonte, MG, 02 (AFI) – A crise no Cruzeiro só aumenta. Após perder seis pontos na Série B do Campeonato Brasileiro por uma dívida com o Al Wahda pelo volante Denílson, o clube celeste voltou a receber nova punição da Fifa, revelada nesta quarta-feira. A Raposa está proibida de registrar jogadores por conta de um débito, de 1 milhão de euros, com o Zorya, da Ucrânia.

Não foi divulgado o tempo que o Cruzeiro terá para arcar com o montante, mas gera preocupação, pois o clube estava próximo de contratar William Pottker, do Internacional, e trazer de volta o meia Marquinhos Gabriel, que não tem sido aproveitado no Athletico Paranaense.

Dívida por William rendeu nova punição ao Cruzeiro

Dívida por William rendeu nova punição ao Cruzeiro

Isso sem contar o acúmulo de dívidas da equipe celeste, que está refletindo no desempenho do clube dentro de campo. A Raposa está apenas na 15ª colocação, com quatro pontos, um a mais do que o CSA, primeiro dentro da zona de rebaixamento. O próximo desafio é contra o Brasil de Pelotas, nesta quarta-feira, às 21h30, no Bento Freitas.

MAIS CASOS
O momento do Cruzeiro gera insegurança. Enderson Moreira está balançando no cargo e tem o principal patrocinador da equipe jogando contra. O time ainda começou com -6 pontos na Série B devido à dívida por Denílson.

Confira a nota oficial do Cruzeiro:

O Cruzeiro Esporte Clube confirma que recebeu um contato da Fifa sinalizando que o FC Zorya contesta acordo firmado entre os clubes, anunciado oficialmente no mês passado, envolvendo a dívida de 1.159.786,31 euros, vencida em 20 de agosto de 2020.

Diante da contestação do FC Zorya, a Fifa aplicou a sanção de transfer ban (impossibilidade de registro de novos jogadores), o que é lamentado e contestado pelo Cruzeiro Esporte Clube, já que o acordo celebrado entre as partes, se fez mediante canais oficiais previstos pela Fifa para tanto.

Na véspera da data de vencimento da dívida, o FC Zorya notificou o Cruzeiro, por meio de seu e-mail oficial, cadastrado no Fifa/TMS, informando que realizou uma cessão do crédito específico ao Alik Football Management, da Estônia. Desta forma, o Cruzeiro negociou o parcelamento do débito diretamente com o Alik, mas, para se resguardar, exigiu que o FC Zorya fizesse parte do acordo como terceiro interessado, e informou que faria o pagamento somente após sua homologação pela Fifa.

No trâmite, além do selo de autenticação e assinatura do representante do FC Zorya em todos os documentos, nos quais o mesmo atesta, num primeiro momento, a cessão do crédito para o Alik, e, num segundo momento, o termo de formalização do acordo, é importante destacar que a comunicação entre os todos os envolvidos sempre se deu por meio dos canais oficiais estabelecidos pelo sistema Fifa/TMS, que é extremamente rigoroso com o acesso, cadastramento e processos dos seus e-mails.

Sendo assim, diante da manifestação do FC Zorya, a contestação do Cruzeiro se baseia em duas variáveis: ou o sistema da Fifa apresentou algum tipo de falha, o que é pouco provável, ou o clube ucraniano está contradizendo os documentos que seu próprio representante validou e assinou, documentos estes disponíveis.

Por esta razão, na noite de ontem, 1º de setembro de 2020, o Cruzeiro enviou manifestação formal à Fifa, esclarecendo o ocorrido e exigindo a reconsideração da pena por ora imposta. O Clube reitera que em todos os momentos e processos agiu com absoluta clareza, boa fé e dentro da legalidade, confiando que a comunicação feita por meio dos canais oficiais da Fifa, com todos os envolvidos em cópia, inclusive o advogado do FC Zorya, são válidas.