Catalá e Murilo Rangel deram outra cara para o Guarani

Catalá e Murilo Rangel deram outra cara para o Guarani

Catalá e Murilo Rangel deram outra cara para o Guarani

0002050489053 img
Roger: anulado

Roger: anulado

Na melhor partida realizada nesta Série B do Campeonato Brasileiro, o Guarani fez por merecer a vitória de virada sobre o Operário, na cidade paranaense de Ponta Grossa, na noite deste sábado.

Dois aspectos foram fundamentais para que ele saísse do Z4: meia Murilo Rangel deu aquele toque de lucidez que faltava na meiúca e trabalho rápido e produtivo do treinador Ricardo Catalá.

A postura inicial do Guarani de partir pra cima do Operário no início tem que ser creditada ao trabalho psicológico do treinador.

Afinal, na tempestade vivida pelo clube após o empate diante do Oeste, levantar o astral do grupo era tarefa complicada, mas a postura dos jogadores foi de quem sequer estava pressionado.

Assim, em vez de uma equipe acovardada em seu campo de defesa, preferencialmente optando por contra-ataques e jogar por uma bola, o Guarani procurou se impor.

REFAZER-SE DA DESVANTAGEM

E pra quem estava na zona da degola e sai em desvantagem aos 23 minutos, a tendência lógica seria entrar em parafuso, mas não demorou para o Guarani se restabelecer em campo.

O gol do Operário saiu no desdobramento de chute forte do atacante Jean Carlo, rebote do goleiro Rafael Pin, e apenas complemento de Tomaz, sem a devida marcação da defensiva bugrina.

Foi aí que um meia com visão de jogo, como Murilo Rangel, ajudou a fazer a diferença pró-Guarani.

Aos 40 minutos, ao perceber deslocamento do volante Eduardo Person pela direita, fez o lançamento, na sequência o passe a Júnior Todinho, que concluiu com sucesso.

BRUNO SÁVIO

Em outras circunstâncias, provavelmente Catalá começaria a partida com dois atacantes, mas a percepção de falta do time bugrino povoar o meio de campo o fez congestionar o setor com cinco homens.

Pela proposta, a bola poderia ser trabalhada com fluência até o ataque, assim como recomposição dos jogadores à marcação.

Pelo raciocínio, em última análise o Guarani conseguiu equilibrar a partida durante o primeiro tempo, o que fez Catalá entender que poderia haver mais atrevimento ofensivo com Bruno Sávio após o intervalo, implicando na saída de Lucas Crispim, que destoava dos demais.

A resposta favorável veio rapidamente.

Logo aos quatro minutos, em outra enfiada de bola de Murilo Rangel, Bruno Sávio encontrou Júnior Todinho no segundo pau, para testada que colocou o Guarani em vantagem: 2 a 1.

No cruzamento, a bola demorou pra chegar no atacante bugrino. Por isso houve hesitação do goleiro Rodrigo Viana para interceptação e desatenção do zagueiro Reniê.

SOUBE SE DEFENDER

A partir de então, como a lógica indicava que o Operário teria mais contundência ofensiva, o Guarani soube se posicionar de forma que os espaços do adversário fossem encurtados, com fixação dos laterais Cristóvam e Bidu, e trocas de jogadores para devidos ajustes.

Se a proposta na ocasião era sustentar a vantagem, foi válida a saída do meia Giovanny para entrada do volante Lucas Abreu.

Se havia risco de se perder o volante Deivid com suposto segundo cartão amarelo, o recomendável seria substituído por Marcelo, o que foi feito.

ROGER

Enquanto isso, se no Operário o treinador Gerson Gusmão errou ao escalar o ex-jogador em atividade Roger, persistiu no erro até os 31 minutos do segundo tempo, ao mantê-lo em campo.

Roger foi facilmente absorvido pela marcação na maioria das jogadas, exceto em duas cabeçadas sem direção. Foi o centroavante Schumacher quem entrou no lugar dele.

A rigor, em todas as mexidas no Operário não houve vantagem.

LATERAL SÁVIO

Um jogador do time paranaense que merece ser mais bem observado é o lateral-direito Sávio, que em agosto passado completou 24 anos de idade.

Se pesa contra ele a estatura de 1,69m de altura, contra o Guarani mostrou habilidade para se desvencilhar de mercadores e velocidade na transição ao ataque, inclusive facilidade para fazer a diagonal.