Guarani mostra apenas uma jogada lúcida; Sampaio propõe o jogo e arranca empate

A vitória que o Guarani havia construído no primeiro tempo por 1 a 0 era enganosa e empate no final premiou o time maranhense

Guarani mostra apenas uma jogada lúcida; Sampaio Corrêa propõe o jogo e arranca empate

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O treinador Léo Condé, do Sampaio Corrêa, assistiu à vídeos dos últimos jogos do Guarani, e de certo combinou com os seus comandados para que partissem pra cima do adversário, como se estivessem jogando em casa.

Vejam a que ponto de desconfiguração chegou o time bugrino, de sequer meter medo no adversário, mesmo jogando no Estádio Brinco de Ouro, na noite desta terça-feira.

A vitória que o Guarani havia construído no primeiro tempo por 1 a 0 era enganosa, porque o time havia aproveitado a única jogada lúcida na partida, com troca de passes, até que o meia Murilo Rangel servisse o centroavante Rafael Costa em condições de finalizar e marcar aos 28 minutos.

PÊNALTI

Só que durante todo segundo tempo o Sampaio Corrêa foi pra cima e perseguiu o empate até consegui-lo através de cobrança de pênalti aos 45 minutos, em lance que começou com falha do goleiro Rafael Pin ao rebater a bola para a sua área, que se ofereceu ao centroavante Caio Dantas. Aí, no arremate, Bidu interceptou a bola com o braço, e o próprio Dantas converteu a cobrança.

CASTIGO

Foi um merecido castigo para quem não justificava a vitória, e ainda quis catimbar com o seu goleiro Pin fazendo cera e o serviço de maca evitando entrar no gramado para retirada do volante Vinícius Kiss, machucado na falta dura cometida pelo volante bugrino Marcelo.

Falta que resultou no segundo cartão amarelo, e, em consequência, o vermelho, aos 40 minutos.

PABLO E BIDU MARCADOS

Como o Sampaio Corrêa se preocupou em marcar o início de jogadas do Guarani através dos laterais Pablo e Bidu, ambos ficaram com receio de se desvencilhar da marcação, e optaram por se livrar da bola.

De que adianta o Guarani posicionar dois atacantes de beirada – Bruno Sávio e Waguininho – se os laterais não levam a bola, e apenas o meia Murilo Rangel ter a incumbência de municiá-los?

Com Rangel bem marcado, sobravam espaços livres para os volantes Deivid e Eduardo Person, em suposto início de construção de jogada. Aí, convenhamos, seria cobrar demais.

Pra piorar, Bruno Sávio e Waguininho erravam na maioria das vezes que pegavam na bola.

E mesmo com o esforço de Rafael Costa pra recuar e tentar participar do jogo, não havia continuidade nas jogadas ofensivas do Guarani principalmente com Bruno Sávio, que errava invariavelmente todas as jogadas.

Assim, com jogadores bugrinos desarmados com facilidade, o adversário aproveitava a recuperação da posse de bola para rodá-la sem o devido incômodo, até chegar no último terço do campo.

Foi aí que o zagueiro bugrino Didi apareceu com destaque para neutralizar a maioria das jogadas.

CHANCES DO SAMPAIO

Ainda no primeiro tempo o Sampaio poderia ter aberto o placar antes do Guarani.

Caio Dantas ganhou pelo alto de Bidu, testou, e a bola chocou-se com a trave.

Pouco depois, o hábil meia Marcinho, lançado nas costas de Bidu, se precipitou na finalização, e chutou a bola para fora.

O maior volume ofensivo do time maranhense foi intensificado no segundo tempo quando, em chute forte do lateral-esquerdo João Victor, o goleiro Rafael Pin praticou defesa difícil.

A partir de então, substituições foram procedidas de ambos os lados, com o Guarani piorando aquilo que já não era bom.

RENANZINHO

Num dos raros contra-ataques puxados por Renanzinho, ele foi ‘fominha’ ao finalizar nas mãos do goleiro Gustavo, em lance que Elias Carioca e Lucas Crispim eram opções para receber o passe. Eram três bugrinos para dois maranhenses na jogada.

Nas trocas do Sampaio houve manutenção de posse de bola e perseguição ao empate, até que a expulsão de Marcelo contribuiu para isso, visto que para recomposição da cabeça de área a incumbência ficou com Lucas Abreu, que já estava em campo.

Assim, com a irregularidade da equipe bugrina, aumenta a cobrança sobre o treinador Ricardo Catalá, a começar pelo plano de jogo a ser executado e em substituições que não oferecem opções para mudança no esquema.