Nem o experiente Marcelo Oliveira escapa no vexame da Ponte Preta

Time pontepretano perdeu por 5 a 0 em seus domínios e acabou humilhada pelo novo líder

Nem o experiente Marcelo Oliveira escapa no vexame da Ponte Preta

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Por que sequer contextualizei perspectivas de Ponte Preta e Chapecoense na véspera do jogo desta terça-feira, no Estádio Moisés Lucarelli?

Porque sem informação precisa de como o treinador Marcelo Oliveira teria aproveitado o período de uma semana para correção de defeitos, de que forma teria trabalhado para implementar a sua filosofia, e com conceituação apenas regular da Chapecoense no empate com o Vitória, estava tudo no escuro, principalmente porque ambas equipes são pleiteantes ao acesso neste Campeonato Brasileiro da Série B.

Quando o placar eletrônico do estádio estampou a vexatória goleada sofrida para a Chapecoense por 5 a 0, a percepção clara era de que o estudioso treinador Umberto Louzer, do time catarinense, deu uma aula no experiente Marcelo Oliveira, da Ponte Preta.

Faz-se marcação alta, como propôs Marcelo Oliveira, quando se tem um meio de campo de pegada para recuperação da bola perdida – com recomposição de meias -, e quando se conta com uma defesa que transmita confiança.

Pois o espaçamento entre compartimentos do time pontepretano ofereceu generosos espaços para a Chapecoense trabalhar e principalmente alongar a bola. Com isso provocou embaraço ao sistema defensivo da Ponte, que igualmente não conta com zagueiros de aptidão para saída de bola.

APODI

Quando se projeta que o lateral-direito Apodi vai avançar seguidamente, recomendável é que se estabeleça prudente sistema de cobertura no setor.

Além disso não ter sido feito e Apodi ‘cansar’ de levar bola nas costas, Humberto Louzer, treinador adversário, optou por dobradinha na lateral-esquerda de sua equipe, de forma que quando Alan Ruschel avançava, Busanello guarnecia a posição, e vice-versa. E assim confundia ainda mais a marcação.

Foi neste expediente que Busanello acertou pertardo logo aos seis minutos, goleiro Ivan rebateu bola defensável, zagueiro Luizão não acompanhou Paulinho Moccelim, que só empurrou pra rede.

De que adiantava a Ponte colocar em prática marcação alta na saída de bola da Chapecoense se, ao recuperá-la, invariavelmente a opção era alçá-la ao se atingir o prolongamento da área?

Assim, desconsiderava-se que ali estavam dois zagueiros grandalhões, casos de Joílson e Luiz Otávio para interceptação.

Como a Chapecoense usava a habitual marcação forte na cabeça da área, não deixava brecha para infiltração dos pontepretanos. E, de sobra, ainda sabia explorar os contra-ataques.

Foi assim que aos 25 minutos o time sofreu falta nas proximidades da área pontepretana, e Busanello ampliou a vantagem após Anselmo Ramon ter ajeitado a bola. No lance, imprudência da barreira da Ponte que se abriu.

Ainda no primeiro tempo, se a Ponte apenas ameaçou em lance desperdiçado pelo seu meia João Paulo, a Chapecoense teve na cabeça de Anselmo Ramon e chute de Moccelim a possibilidade de ampliar o placar.

BRUNO RODRIGUES

Que falta de discernimento de Marcelo Oliveira ao escalar o atacante Moisés e preterir Bruno Rodrigues, colocando-o apenas após o intervalo, e no lugar do meia Camilo!

Atacante Tiago Oboró estaria pronto para estrear?

Foi um dos piores em campo.

Assim, no segundo tempo aquilo que o time catarinense mais pretendia era não sofrer susto e administrar a vantagem.

RITMO DE TREINO

Todavia, a inoperância da Ponte Preta fez o adversário levar o jogo em ritmo de treino.

A rigor, estava tão controlado que o treinador Umberto Louzer começou dar chances aos reservas para que o ritmo da partida fosse intensificado.

Provavelmente Louzer não contava também que trocas inexplicável feitas por Marcelo Oliveira pudessem ajudá-lo.

O que a Ponte teria a ganhar com a entrada do irregular atacante Guilherme Pato?

Sacar Apodi para improvisar o volante Dawhan no setor foi perda de força ofensiva e desajuste defensivo com jogadas pelo setor esquerdo do ataque da Chapecoense. Numa delas, trabalhada por Aylon, ocorreu o gol contra de Alison.

E quando se presumia que o jogo ficaria nos quatro, eis que Lucas Tocantins fechou a goleada, ao receber passe de Aylon.

Acrescente que o terceiro gol, convertido por Anselmo Ramon em cobrança de pênalti, aos 24 minutos, zaguero Alison perdeu a disputa da jogada para Aylon por deficiência técnica.