Nove anos sem o emblemático Pitico, da Ponte Preta

Nove anos sem o emblemático Pitico, da Ponte Preta

Nove anos sem o emblemático Pitico, da Ponte Preta

Este 24 de setembro marca o nono ano da morte do volante Pitico, um dos mais emblemáticos jogadores que atuaram pela Ponte Preta décadas passadas.

Agenor Epiphânio, nascido em 2 de agosto de 1926, em Campinas, faleceu aos 84 anos de idade, vítima de problemas pulmonares.

Ele entrou para a história do clube por três motivos: foi raçudo, consta ser o terceiro jogador que mais vestiu esta camisa branca e preta com 537 partidas – superado apenas por Dicá e Bruninho -, e foi vítima de uma lenda de que a sua mãe teria feito feitiço para que a Ponte passasse quase dez anos na divisão de acesso do futebol paulista.

A história de Pitico na Ponte Preta começou em 1946, no time de aspirantes formado por Picini; Pindorama e Nico; Baé, Pitico e Aleixo; Batibugli, Milton, Lima, Jarbas e Walter.

CONSTRUÇÃO DO ESTÁDIO

Foi o período em que ele viu o início da construção do Estádio Moisés Lucarelli, doação de 50 mil cruzeiros feita pelo governo federal às obras, e o dérbi que ganhou contorno internacional, válido pelo Campeonato Campineiro, no Estádio do Pastinho, na Rua Barão Geraldo de Rezende, bairro Guanabara.

Foi o dérbi em que a Ponte abandonou o gramado por inconformismo com a arbitragem de Aldo Bernardi, quando o Guarani goleava por 3 a 0, e a consequência foi pancadaria entre torcedores rivais.

A suspeita de que o árbitro estaria na ‘gaveta’ resultou em plano para raptá-lo, a começar pela descoberta do endereço dele em São Paulo.

SUBORNO

Foi quando cinco pontepretanos chegaram na casa dele identificando-se como moradores de Itapira, propuseram suborná-lo para fabricar resultado de um jogo, e como o árbitro concordou em alongar a conversa, entrou no carro em que estavam os pontepretanos, jamais supondo que seria levado a Campinas, e ter caído na cilada para que confessasse o suborno no dérbi.

Na brecha para telefonar a familiares e justificar a demora, o juizão ‘dedurou’ os pontepretanos, polícia entrou no circuito, mas diante do delegado o juiz negou a versão inicial.

Até abril de 1947 Pitico continuou nos aspirantes, só estreando na equipe principal no dia 12 daquele mês, na vitória por 2 a 0 em amistoso com o Fortaleza, em Campinas.

Pitico jogou na Ponte Preta até 1960, com retrospecto de 28 gols, entre as décadas de 50 e 60.