São Paulo, SP, 11, (AFI) – O empate por 2 a 2 com o Alianza Lima, nesta quinta-feira, no Morumbis, deixou o técnico Luis Zubeldía com explicações a dar. Em entrevista coletiva após o jogo, o treinador justificou a substituição de Ferreira — autor dos dois gols tricolores — e lamentou o desempenho do São Paulo no segundo tempo da partida da Libertadores.

Segundo Zubeldía, a saída de Ferreira foi motivada por um receio físico. O atacante, que se destacou no primeiro tempo, corria risco de lesão caso permanecesse mais tempo em campo. “O Ferreira, pelo desgaste que teve e conhecendo ele, se deixo mais tempo, ele se lesiona muscularmente. Você sabe a quantidade de lesionados. Queria mais lesionados? Está cansado. Cada vez que deixo mais tempo que o normal, tem lesões e fica fora 30 dias”, explicou.

Com o setor de pontas bastante desfalcado — Lucas, Oscar, Luiz Gustavo e Pablo Maia estão no departamento médico — Zubeldía se viu forçado a improvisar. A entrada de Wendell na esquerda, no lugar de Ferreira, acabou sendo determinante para a queda de rendimento do time. O técnico admitiu que a escolha não foi a ideal: “Saiu Ferreira, entrou Wendell. Claro que não saiu bem a mudança, mas não posso permitir que ele se lesione. Libertadores é assim, 15 minutos ruins estragam a partida.”

FALTA DE OPÇÕES

A realidade atual do elenco tricolor é dura. Hoje, Zubeldía conta apenas com três pontas de origem: Lucas (lesionado), Ferreirinha e o jovem Lucas Ferreira, de 18 anos, que fez sua estreia profissional justamente contra o Alianza Lima. Diante da venda de William Gomes e do empréstimo de Erick, opções que estavam na pré-temporada, o técnico ficou sem alternativas naturais para o setor.

No segundo tempo, após a saída de Ferreira, o São Paulo sofreu especialmente pelo lado esquerdo. O primeiro gol do Alianza saiu logo em seguida da substituição, e o empate dos peruanos também começou em jogada por ali. “A decisão de colocar o Wendell não foi boa. Foi minha. Claro que influenciou. Poderia ter buscado outra opção”, reconheceu o treinador.

EMPATE FRUSTRANTE

Sobre a queda de rendimento da equipe, Zubeldía apontou o desgaste físico como principal fator. “Não podemos suportar o ritmo do primeiro tempo. Foram 10, 15 minutos bons no segundo tempo, mas depois cansamos. Tivemos muitas chances para matar o jogo e não conseguimos. E na Libertadores, 15 minutos ruins custam caro.”

Com o resultado, o São Paulo somou apenas um ponto na rodada e deixou o campo sob vaias. Agora, o Tricolor volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Cruzeiro, às 17h30, novamente no Morumbis, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. A expectativa é de nova pressão para tentar reencontrar o caminho das vitórias e aliviar o ambiente.