Rio de Janeiro, RJ , 01 (AFI) – A Seleção Brasileira vive mais um momento de transição após a demissão de
Dorival Júnior, anunciada pela CBF no fim de março de 2025. Contratado em janeiro de 2024 para assumir o comando da equipe nacional, o treinador deixou o cargo com 16 partidas no currículo: sete vitórias, sete empates e duas derrotas.

Com o cargo novamente vago, a busca por um substituto já movimenta a imprensa esportiva, os bastidores da confederação e até as casas de apostas legalizadas em 2025, que já listam os favoritos para assumir a função.

A goleada sofrida por 4 a 1 para a Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, foi determinante para o fim da curta passagem de Dorival.

Apesar de ter durado pouco mais de um ano no cargo, ele não entra para o grupo dos treinadores com as passagens mais curtas da história da Seleção. Ao longo das décadas, alguns nomes mal tiveram tempo de esquentar o banco e vestir o uniforme canarinho. Abaixo, listamos sete técnicos que, por diferentes motivos, passaram rapidamente pelo comando da equipe brasileira. Em comum, todos tiveram pouco tempo e pouca margem para erro.

Filpo Núñez (1965) – 1 jogo

Filpo Núñez tem a passagem mais curta de um técnico na história da Seleção Brasileira. Em 1965, o argentino foi convidado para comandar o Brasil em um amistoso contra o Uruguai. A vitória por 3 a 0 foi convincente, mas não houve sequência. Ele nunca mais foi chamado, encerrando sua história na seleção com apenas um jogo — e uma vitória.

1- Joreca (1944) – 2 jogos

O português Jorge Gomes de Lima, mais conhecido como Joreca, esteve à frente da Seleção em duas partidas amistosas contra o Uruguai. Venceu ambas, mas mesmo assim não permaneceu. A CBF optou por outro técnico, e sua rápida passagem se tornou apenas uma nota de rodapé na história do futebol brasileiro.

2- Píndaro de Carvalho (1930) – 2 jogos

Técnico do Brasil na primeira Copa do Mundo, em 1930, Píndaro comandou a equipe em apenas dois jogos. Uma derrota para a Iugoslávia e uma vitória sobre a Bolívia selaram a eliminação precoce da seleção no torneio. Sua curta passagem reflete a instabilidade e falta de estrutura do futebol nacional naquela época.

3- Carlos Nascimento (1939) – 3 jogos

Carlos Nascimento teve uma breve experiência como treinador da Seleção em 1939. Comandou a equipe em três amistosos, sem resultados expressivos, e logo foi substituído. É um dos nomes menos lembrados da história da seleção.

5- Candinho (1999–2000) – 2 jogos

José Cândido Sotto Maior, o Candinho, foi auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo e assumiu o comando interinamente em duas ocasiões: um empate por 0 a 0 contra a Espanha e uma goleada de 6 a 0 sobre a Venezuela nas Eliminatórias. Apesar do bom desempenho, tratava-se de uma função temporária, e ele logo voltou ao cargo de assistente.

6- Fernando Diniz (2023–2024) – 6 jogos

Em julho de 2023, Fernando Diniz foi anunciado como técnico interino da Seleção Brasileira. Na época, conciliava a função com o comando do Fluminense. A ideia era que ele ocupasse o cargo até a chegada de um treinador definitivo. No entanto, após seis jogos, uma sequência de resultados ruins e atuações irregulares resultaram em sua demissão em janeiro de 2024.

7- Ramón Platero (1925) – 4 jogos

O uruguaio Ramón Platero treinou o Brasil durante o Campeonato Sul-Americano de 1925, equivalente à atual Copa América. Foram quatro partidas e um desempenho modesto. Sua nomeação como estrangeiro gerou polêmica na época, e ele acabou não sendo mantido no cargo após o torneio.