Volante completa 219 jogos com a camisa do São Bento

O volante tem passagens pelo clube de 2016 a 2021 (sete anos), e agora, em 2025, completou sua oitava temporada no Azulão

Nascido em Senhor do Bonfim-BA, Fábio Júnior Nascimento Santana, ou Fábio Bahia, completou 219 jogos pelo clube de Sorocaba

São Bento
Foto: São Bento/Neto Bonvino

Por: Rivail Oliveira

Sorocaba, SP , 13 (AFI) – O jogo do último sábado (9), a vitória por 2 a 0 contra o Rio Claro, marcou especialmente um jogador do São Bento: o meia Fábio Bahia, 41 anos. Nascido em Senhor do Bonfim-BA, Fábio Júnior Nascimento Santana, ou Fábio Bahia, completou 219 jogos pelo clube de Sorocaba.

Bahia é um dos jogadores que mais vestiu a camisa azul e branca na história do São Bento. Ele é o atleta que mais defendeu as cores do clube no CIC (107 jogos), e ocupa a sétima posição entre os jogadores que mais atuaram pelo clube. Além disso, Bahia se tornou também o segundo jogador com mais partidas oficiais no Estádio Municipal Walter Ribeiro, ao lado de lendas como o meia Gatãozinho, com 367 partidas.

O volante tem passagens pelo clube de 2016 a 2021 (sete anos), e agora, em 2025, completou sua oitava temporada no Azulão. Fábio, que iniciou sua carreira em 2002 no Crac de Catalão-GO, concedeu uma entrevista ao Futebol Interior e falou sobre o atual momento, os problemas enfrentados e seus planos para o futuro, onde pretende seguir no mundo do futebol, mas trabalhando fora das quatro linhas.

A VOLTA

“Em 2021, quando eu saí, eu deixei claro que tinha vontade de voltar a jogar com a camisa do São Bento. Quando conversei com a diretoria, isso foi passado. Esse carinho, esse amor que eu tenho pelo clube, até porque é um clube com o qual tenho muita identificação. Eu fui e pude voltar.”

MOMENTO COMPLICADO

“Foi um momento difícil, algo que ninguém estava esperando. Quando eu voltei, a expectativa era brigarmos por classificação, por acesso. Infelizmente, não aconteceu, mas graças a Deus conseguimos manter a equipe na divisão.”

MOTIVOS DA CAMPANHA RUIM

“É difícil apontar os motivos para a campanha ruim que fizemos. Nosso time começava muito bem os jogos, criava duas, três chances, mas não conseguia concluir, e o adversário, ao crescer na partida, aproveitava a oportunidade e era eficiente. Aí, nosso time, pela situação ruim na competição, se abalava e acabava perdendo o jogo ou tomando mais um gol. Enfim, eu acho que o fator determinante em muitos jogos foi a falta de ‘matar o jogo’. Criávamos muito e não conseguíamos fazer o gol.”

PASSADO E PRESENTE

“Eu já fui campeão aqui no São Bento. Naquele tempo, a gente tinha uma chance, fazia um gol e ganhava de 1 a 0. Eu creio que, neste ano, criávamos muito e não conseguíamos fazer os gols. Tanto que fomos um dos piores ataques da competição, mas eu acho que isso se deve principalmente a não aproveitarmos as chances quando estávamos bem no jogo. Não éramos tão efetivos em relação ao jogo, e o adversário, com a menor oportunidade, conseguia concluir.”

TROCA DE TREINADORES

“As trocas de treinadores são sempre difíceis, ainda mais em uma competição como a A2, que não tem tempo. Muitos jogos, quarta e domingo, quarta e sábado, e não há tempo para assimilar o que o novo treinador traz. Tivemos duas trocas. Graças a Deus, o Fabiano, que foi o terceiro a assumir, conseguiu nos ajudar na reta final e nos livramos. Mas a troca de treinador sempre complica. Essa falta de tempo para trabalhar, por ter jogos em cima de jogos, acaba atrapalhando muito, pois não dá tempo de assimilar a forma de jogar do novo treinador. Isso nos prejudicou bastante.”

A LIÇÃO

“A lição que fica é que a A2 é uma competição muito difícil. Claro que não há como falar de uma receita que vá funcionar. É preciso montar um grupo forte, mas mesmo assim as coisas podem não acontecer como o planejado. Fazer um planejamento com antecedência para minimizar erros é importante, mas no futebol não dá para garantir que algo vai dar certo ou errado. O importante é saber que a A2 é uma competição difícil e que, para alcançar os objetivos, não existe fórmula mágica.”

A DIRETORIA FEZ O MÁXIMO

“A diretoria, da sua forma, como sempre, fez o seu máximo. Montou um time que acreditava ser capaz de se classificar e buscar o acesso, mas, por conta dos percalços da competição, não deu certo. O que poderia ser feito, eles tentaram fazer da melhor forma possível, e nunca deixaram faltar nada para nós.”

FUTURO NO FUTEBOL

“Eu ainda quero jogar por mais um ano, principalmente este semestre, e depois vou avaliar a minha condição. Pelo que joguei na A2, uma competição muito difícil, mostrei que tenho condições de jogar pelo menos o restante deste ano. Depois disso, vou pensar em algo relacionado ao futebol, talvez como auxiliar, dirigente ou diretor. Dessa forma, para poder ajudar, principalmente o São Bento. Se for da vontade do pessoal do São Bento, estarei à disposição para ajudar da melhor forma possível. Mas, neste restante de ano, ainda quero estar jogando, dentro de campo. Tenho condições físicas, como mostrei nos 11 jogos que fiz na Série A2. Tenho certeza de que ainda posso ajudar.”