Santos doa uniformes para crianças refugiadas na África 

Clube paulista realiza a distribuição de 300 peças para uma escolinha de futebol no Congo

Saiba mais sobre a ação do Santos na África em parceria com a ONG Fraternidade sem Fronteiras

Santos Africa
Foto: Arquivo pessoal

Santos, SP, 13 (AFI) – Em parceria com a ONG Fraternidade sem Fronteiras, o Santos realizou a distribuição de 100 uniformes completos (camisas, shorts e meias) para uma escolinha de futebol destinada a órfãos no Congo. Foram mais de 300 peças enviadas, para alunos e professores. A ação ainda pretende realizar uma avaliação com os meninos visando uma oportunidade de se tornarem profissionais pelo Peixe.

SAIBA MAIS

A camisa doada homenageia a viagem do Santos à Nigéria para disputar uma partida amistosa com a seleção africana. Na ocasião, o local, que estava em meio a um conflito armado, parou para ver Pelé jogar, o que consagrou o clube paulista como o único capaz de parar uma guerra. O momento se tornou um dos mais importantes da história do esporte.

“O continente africano ocupa uma parte importante da nossa história, da qual temos muito orgulho. Por isso, além de ajudarmos um projeto fundamental na região, estamos resgatando uma memória muito rica do futebol. Queremos ainda oferecer a oportunidade de uma nova vida a essas crianças por meio do esporte. Quem sabe o nosso próximo craque não é um desses meninos”, destaca o presidente do Santos, Marcelo Teixeira. 

COMO ACONTECEU?

A diretoria do Santos teve a iniciativa de realizar o projeto no meio do ano passado, quando tomou conhecimento do trabalho realizado pela ONG e decidiu fazer o envio de 30 camisas para as crianças do local, o que passou a ser desenvolvido desde então. Além da ação no Congo, o clube avalia a possibilidade de abrir escolas de futebol em outros países da África, como Moçambique e Botswana

“O Santos se tornou o primeiro clube do Brasil a colocar uma ação oficial dentro de uma escolinha de refugiados em um país da África Subsaariana. As crianças ficaram emocionadas com as camisas. Contamos a história para eles e foi muito legal. Outros clubes poderiam fazer projetos parecidos. Há um potencial muito grande de parceria para elevarmos o nível do esporte, promovendo essa integração, apoio e suporte com crianças que jamais teriam isso”, ressalta Evaldo José Palatinsky, voluntário da Fraternidade Sem Fronteiras. 

ENTENDA

A República Democrática do Congo sofre com conflitos há mais de 30 anos, em sua região leste. Por possuir uma riqueza em minerais, diversos grupos armados competem pelo poder e controle da nação. A instabilidade no local e as disputas resultam na morte de milhares de pessoas ainda nos dias de hoje.

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