ESPECIAL SELEÇÃO BRASILEIRA: Um ano de vexames e futebol patético
De um futebol pouco inspirado a resultados que a torcida não via há muitos anos, a temporada do Brasil será lembrada como mais uma mancha dentre tantas recentes
Carregando as cinco estrelas douradas no peito, a Seleção Brasileira não protagonizou em 2024 momentos que honrassem o legado da camisa amarelinha
Por Filipe Saochuk
Campinas, SP, 30 (AFI) – Carregando as cinco estrelas douradas no peito, a Seleção Brasileira não protagonizou em 2024 momentos que honrassem o legado da camisa amarelinha. De um futebol pouco inspirado a resultados que a torcida não via há muitos anos, a temporada do Brasil será lembrada como mais uma mancha dentre tantas recentes no selecionado comandado pela terrível Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Neste material especial do Portal Futebol Interior, relembre como foi a temporada da Seleção neste ano que esta se encerrando, e aproveite para torcer que 2025 seja melhor para o único país pentacampeão no futebol!
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DORIVAL JÚNIOR, O NOVO TREINADOR DA SELEÇÃO BRASILEIRA
Depois do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues afirmar em 2023 que estava apalavrado com o técnico italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, o Brasil contratou ‘provisoriamente’ com Fernando Diniz, que alternou os trabalhos entre Fluminense e Seleção.
Como todos sabem, nunca existiu um acerto definitivo com o multicampeão comandante merengue, e após uma sequência de três derrotas seguidas nas eliminatórias no final do ano passado, a direção da CBF optou por outro nome conhecido do torcedor brasileiro.
Dorival Júnior, que vinha de uma conquista de Copa do Brasil com o São Paulo, foi contratado para ser o novo técnico do Brasil. Sendo uma escolha que não pareceu muito bem planejada, depois de quase um ano, o trabalho ainda não vingou.
OS PRIMEIROS AMISTOSOS
Se geralmente a primeira impressão é a que fica, os primeiros momentos desta ‘nova era’ de futebol da Seleção foi positiva. Enfrentando Inglaterra e Espanha fora de casa, com uma convocação com caras novas como o próprio garoto Endrick, o Brasil venceu os ingleses por 1 a 0 em Wembley e empatou com os espanhóis no Santiago Bernabéu por um eletrizante 3 a 3.
Porém, na suada vitória contra o México por 3 a 2, e no empate contra os Estados Unidos por 1 a 1, a percepção começou a mudar. O que se viu foi um time ainda pouco organizado e com dificuldades de criação. Porém, ainda era cedo, e a Copa América estava prestes a se iniciar.
DECEPÇÃO NA COPA AMÉRICA
No primeiro jogo oficial da Seleção sob o comando de Dorival, novamente ‘a coisa não andou’. Contra a faca Costa Rica no Grupo D, empate por 0 a 0, em um jogo difícil de assistir. No segundo duelo nos Estados Unidos, vitória por 4 a 1 sobre o Paraguai, com um resultado que não refletiu as dificuldades do Brasil em campo.
Na última rodada da etapa preliminar, novo empate, desta vez contra a embala Colômbia, por 1 a 1. Com cinco pontos, a Seleção se classificou em segundo, atrás justamente dos colombianos. Desta forma, nas quartas de final, o adversário seria um de seus maiores rivais: o Uruguai.
Mesmo ficando com um homem a mais no segundo tempo, o Brasil não conseguiu furar a muralha celeste. Depois de 90 minutos de muita transpiração e pouca inspiração, placar zerado, e penalidades máximas.
Nos pênaltis, Éder Militão e Douglas Luiz desperdiçaram suas cobranças, e a seleção verde e amarela estava eliminada na primeira fase do mata-mata da Copa América.
Com o futebol pífio, os resultados não vieram, mas as críticas só aumentavam.
NA VOLTA DAS ELIMINATÓRIAS, POUCO MUDOU
Dois meses depois da queda na Copa América, a Seleção voltou a focar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Contra o Equador, em Curitiba, vitória Canarinho por 1 a 0, que poderia ajudar a retomar a confiança.
Porém, na rodada seguinte, o Brasil sofreu uma das derrotas mais vexatórias dos últimos anos. Pela primeira vez desde 2008, a Seleção foi derrotada pelo Paraguai.
No Defensores Del Chaco, os donos da casa abriram o placar aos 20 minutos com um golaço de Diego Gómez, e mais uma vez, a equipe de Dorival Júnior não foi capaz de responder.
Na sequência, as vitórias sobre o Chile por 2 a 1 de virada, e a goleada sobre a fraca seleção do Peru por 4 a 0 ajudaram a acalmar um pouco as críticas. Mas nada do que o Brasil este ano pareceu ser de fato consolidado.
Pela 11ª rodada, novo empate, desta vez contra a Venezuela por 1 a 1 fora de casa. E para fechar o ano, mais um jogo pouco interessante contra o Uruguai, com um 1 a 1 no placar final.
QUAL SERÁ O FUTURO DA SELEÇÃO?
O campo é um enorme problema para o Brasil, que parece estar perdendo aos poucos a sua identidade, mas não é novidade para ninguém que o verdadeiro mal da Seleção está fora dele. Presidido por Ednaldo Rodrigues, a CBF hoje se preocupa apenas em fazer política, e não futebol.
Se nem quem comanda o futebol do país é capaz de proporcionar mudanças significativas, dificilmente Dorival e jogadores poderão, sozinhos, permitir que os mais de 200 milhões de brasileiros possam voltar a se conectar com o Brasil, apesar de todos terem suas parcelas de culpa.
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