Mais dos que lamentar, os cartolas precisam ficar atentos à todas as competições e dar o bote certo no jogador certo.
O atacante de beirada Érick Pulga, pelo lado esquerdo, com incrível facilidade para o drible e fazendo uma 'fumaça' danada contra defensores
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 22 (AFI) – Dias atrás, o perfil da coluna foi sobre ‘olheiros do passado’ que davam lucro aos clubes de futebol de Campinas.
A reação imediata de parceiros que mantém a fidelidade de opiniões na seção específica, para quem opta pela plataforma https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, foi que os tempos são outros, que empresários e atravessadores entram no negócio, ou que a molecada não quer mais saber de bola, e fica difícil descobrir a agulha no palheiro.
Pois é, sem a mínima intenção de ser olheiro ou analista de mercado de clube – até porque nem tenho mais idade para isso – há pouco mais de dois anos, na costumeira diversão de fuçar no Youtube em busca de jogos para assistir, quis o destino que fosse apontada à câmera para partida do Ferroviário (CE), cujo adversário já nem me lembro.
ÉRICK PULGA
Aí, de repente deparei-me com o atacante de beirada Érick Pulga, pelo lado esquerdo, com incrível facilidade para o drible e fazendo uma ‘fumaça’ danada contra defensores.
Pronto. Foi o suficiente para cravá-lo como jogador contratável e, como provavelmente em condições financeiras compatível, fiz questão de compartilhar a observação aqui no Blog do Ari, com finalidade de cutucar esses aprendizes de cartolas dos clubes de Campinas.
Adiantou? Claro que não.
Se pelo menos esboçaram alguma tentativa, ninguém ficou sabendo.
Pois trocando informações com o amigo e ex-presidente do Guarani, Beto Zini, sugeri que ele também avaliasse, e logicamente carimbou de pronto.
Alguns meses depois a cartolada do Ceará tratou de contratar o jogador – de certo por migalhas – e o progresso técnico, com o passar do tempo, impressionou.
Se antes ele era basicamente assistente de jogadas ofensivas, o aprimoramento possibilitou que se transformasse em atacante de conclusão, como artilheiro da última Série B do Brasileiro.
BAHIA
E não é que agora surge a informação que o Bahia, transformado em SAF e com investidores pesados, teria contratado o atleta, sem que valores fossem revelados.
Até onde se sabe, o Ceará havia recusado receber cerca de R$ 19 milhões oferecidos inicialmente.
Claro que atleta driblador e ‘fazedor’ de gols, como Pulga, não se acha disponível no mercado de uma hora para outra, mas quem se dispuser a procurar outros bons de bola nos quatro cantos deste País e também pra fora, de certo vai encontrar.
Lembram do dito que ‘quem não arrisca não petisca’?