Marcelo Dias comenta a reunião do Conselho do Guarani
Marcelo Dias dá a versão sobre a reunião do conselho deliberativo, ocorrida dia 17, no salão nobre do Brinco de Ouro. Confira!
Deu sua versão à respeito da reunião do Conselho Deliberativo, criticou algumas posições da notícia e respondeu ao sócio Paulo Souza
Campinas, SP, 19 (AFI) – O Portal Futebol Interior publicou uma reportagem no dia 17 de dezembro (CONFIRA AQUI!) contendo informações à respeito da reunião do Conselho Deliberativo do Guarani, ocorrida no Salão Nobre do estádio Brinco de Ouro da Princesa. O presidente do referido conselho, Marcelo Dias, contestou algumas informações e também declarações emitidas pelo sócio Paulo Souza, advogado, e dirigente histórico do clube.
Marcelo Dias foi detalhista ao extremo ao detalhar o cenário no qual aconteceu a reunião, bem como os seus presentes. Teceu opiniões sobre o que aconteceu na reunião e contestou, muitas vezes, as palavras de Paulo Souza.
O presidente do Conselho Deliberativo aproveitou a oportunidade para esclarecer a forma em que comanda as reuniões, bem como os processos que estão em andamento neste final de ano. Fez observações importantes para os bugrinos, aflitos após o rebaixamento do time para a Série C do Brasileiro, deixando no ar um fio de esperança de que dias melhores virão no futuro.
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O Portal FUTEBOL INTERIOR, órgão respeitado ao longo de seus 25 anos, abriu espaço a Marcelo Dias, como também o faz sempre que exista uma informação importante a ser destacada. Reforça com isso, a sua postura de ouvir sempre os dois lados ou as opiniões diferentes, algo que faz parte do estado democrático de direito no qual vivemos.
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LEIA ABAIXO NA ÍNTEGRA A POSIÇÃO DE MARCELO DIAS:
Vamos à verdade do que ocorreu na reunião de anteontem.
1) A reunião se deu em continuidade daquela iniciada em 12 de dezembro, e suspensa sob aprovação de todos os presentes em virtude da ausência do Rodrigo Pastana – que teve um problema de voo e não conseguiu retornar a tempo para Campinas – e do Sr. Danilo, que se encontrava em férias impostas pela legislação.
Infelizmente, em razão de obrigações Estatutárias, eu sou obrigado a convocar reuniões neste período – em que, via de regra, as pessoas viajam ou possuem eventos e afazeres. É tradicional que nas reuniões de final de ano tenhamos poucas pessoas, não sendo nenhuma novidade como a matéria faz crer. As mais frequentadas foram as realizadas de maneira telepresencial – modalidade de reunião que a oposição bugrina tentou e tenta, a todo custo, vetar.
2) O discurso do Pastana não foi repetitivo. O Executivo apresentou um resumo do ano passado, identificando om clareza os pontos que levaram o Guarani à péssima campanha. Foi uma análise muito cuidadosa, em que esclareceu as medidas imprudentes adotadas. Em seguida, prestou informações sobre o planejamento do ano de 2025, explicando minuciosamente a sua linha de ação e respondendo a diversos questionamentos formulados pelos presentes. É um grande desrespeito dizer-se que foi “mais do mesmo”.
3) Membros do Conselho de Administração do Guarani estiveram presentes, inclusive o presidente Rômulo. Nenhum deles esteve “ao meu lado” na mesa, mas sim ocupando as cadeiras destinadas ao Conselho.
4) A menção à presença de seguranças é risível. Em TODAS as reuniões realizadas no Guarani, seguranças estão presentes. Quem faz a solicitação é o Conselho de Administração. Ao contrário da vergonhosa declaração dada pelo Sr. Paulo Souza,, eu jamais tive seguranças a minha disposição. Felizmente, não necessito deste tipo de proteção, na medida em que sempre respeitei e fui respeitado pelas pessoas, inclusive as que se opõem ao Grupo de que faço parte.
5) Ao final da reunião, lamentei, sim, a presença de poucos bugrinos – não nesta reunião, mas em todas, há muitos e muitos anos. E atribuí isso à falta de comunicação da Direção Bugrina com o seu associado e torcedor. Esta falta de comunicação permite que indivíduos inescrupulosos e mal intencionados ocupem esse vazio e façam ataques a quem se propõe a realmente trabalhar em prol do Guarani.
Pessoas que destruíram o Guarani no passado, deixando-o abandonado à sua própria sorte, acabando com o que se construiu em longos anos de esforço, agora se apresentam como “baluartes da moralidade” e “salvadores da pátria”, atacando quem dedica tempo à reconstrução e afastando o bugrino de boa fé.
6) O Sr. Paulo Souza – que foi presidente do Conselho Deliberativo E ABANDONOU O CARGO E O CLUBE EM UM MOMENTO DIFÍCIL, além de responder a processo ético de adulteração de ata se assembleia, algo já confirmado judicialmente – tentou se insurgir contra meu posicionamento.
Eu o confrontei, perguntando as razões de ele tecer ataques pessoais a mim e, sobretudo, ao Sr. Fabio Araújo, a quem acusou de “sumir” com vinte e três milhões de reais em recursos do Guarani. Questionei se ele confirmava a acusação, e ele, como de hábito, se furtou da resposta, gaguejando e evadindo-se da grave acusação que implica em CALÚNIA, INJÚRIA E DIFAMAÇÃO. O Sr. Paulo não se dignou a investigar a real situação contábil, preferindo acusar de modo vazio e ofensivo.
7) A afirmação de que eu “não vi a falta de 33 milhões no balanço financeiro do Clube” é MENTIROSA, CALUNIOSA, INJURIOSA E DIFAMATÓRIA. Eu não só vi como expliquei, na reunião, a questão óbvia de contabilidade, que salta aos olhos de qualquer leigo. O Guarani incluía, antigamente, o valor do “passe” de seus atletas nos ativos do Clube. O Passe era avaliado por sítios eletrônicos, ou segundo a multa contratualmente estabelecida.
A nova equipe de contabilidade, ACERTADAMENTE, asseverou que esse valor não deve ser incluído no ativo, visto que ele, na verdade, não é um direito. Se o contrato se encerra, jogador deixa o Clube sem qualquer ganho financeiro. No mais, impossível avaliar o real “passe”.
Por conta disso, o valor dos passes foi excluído da contabilidade, contabilizando-se apenas o que é efetivamente recebido em caso de negociação de atleta. Isso foi colocado na reunião, MAS O SR. PAULO SONEGOU A INFORMAÇÃO, CIENTE DE QUE COMETEU GRAVE ATO AO TECER ACUSAÇÕES INFUNDADAS. O Sr. Paulo e todos os demais que coadunaram com isso responderão em juízo por suas colocações.
8) A afirmação de que eu disse que “Fabinho não é remunerado” é MENTIROSA. O Sr. Fábio não é “ASSALARIADO” do Clube – conceito distinto que, na condição de advogado, o Sr. Paulo deveria conhecer. Fábio Araújo foi contratado como AUTÔNOMO E INDEPENDENTE, COM A ANUÊNCIA UNÂNIME DO CONSELHO DELIBERATIVO, para o acompanhamento da Recuperação Judicial, SEM SUBORDINAÇÃO AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, QUE NÃO PODE DECIDIR POR SEU DESLIGAMENTO OU PELO ENCERRAMENTO DO CONTRATO.
O Sr. Fabio vinha dedicando, voluntariamente, mais de doze horas diárias ao trabalho ao Clube, sem qualquer contraprestação. Como Presidente do Conselho Fiscal e contratado, o Sr. Fábio pode apontar ao Conselho Deliberativo os erros cometidos pelo Conselho de Administração, bem assim exigir a sua reparação ou, até mesmo, a penalização dos administradores.
O trabalho do Sr. Fábio permitiu a aprovação da Recuperação Judicial e o cumprimento extenso de incontáveis obrigações, além de diversos ajustes imprescindíveis. Vale dizer que a legislação não impede a remuneração do presidente do Conselho Fiscal, desde que se lhe garanta a autonomia e independência do trabalho.
9) Não bastasse isso, ao final da reunião, o Sr. Paulo ofendeu ao falecido presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Augusto Oliveira, na presença de todos os associados. Atitude de profundo desrespeito, indigna de alguém que há tantos anos frequenta o clube e conhece a contribuição dada pelo nosso querido “Toninho”, tido por muitos como o mais competente ocupante da Presidência do Conselho Deliberativo.
10) Quanto à reforma do Estatuto, muitos lutam arduamente para impedir que o Guarani evolua. A razão disso é simples: a reforma impedirá o retorno dos péssimos gestores do passado. Dará ao Guarani estrutura profissional e provida de controle eficiente, impedindo os abusos e desmandos do passo, e permitindo inclusive uma POTENCIAL negociação com investidor. Evidentemente, os interessados no poder engajaram-se em uma guerra contra um futuro que não os permita voltar aos postos de gestão.
11) O anteprojeto do Estatuto, por mim elaborado, foi enviado a TODOS os Conselheiros no início de novembro. Realizamos uma reunião no dia 10 de dezembro, extremamente produtiva, em que todos se mostraram imbuídos do espírito de prosseguir com os debates e com o ajuste.
O anteprojeto corrige erros do passado, ajusta distorções de poder, fortalece o Conselho Deliberativo, responsabiliza com mais rigor dos dirigentes, enxuga a estrutura e permite a ANÁLISE de propostas de SAF. Os Conselheiros concordaram, em unanimidade, com novo prazo de análise, até o dia 31 de dezembro, e om reunião a ser realizada em janeiro para a definição de uma minuta inicial.
TODO E QUALQUER CONSELHEIRO PODE FAZER PONDERAÇÕES, ESTUDOS, DEBATER COM TERCEIROS E TRAZER AS SUAS CONSIDERAÇÕES, o que não parece ser o procedimento de alguém que desejasse impor uma minuta sua. Tenho recebido contato de conselheiros das mais diversas alas, e até de torcedores não associados, todos contribuindo com o projeto. Isso me dá a certeza de que é anseio da coletividade de boa fé a mudança.
12) O Sr. Paulo, MENTIROSAMENTE, e gaguejando para fugir das acusações insidiosas que fez, afirmou que eu, Marcelo Dias, “gessei o estatuto”. O Estatuto atual do Guarani foi construído há quase uma década. Não veio de minhas mãos, mas de uma Comissão, e, embora tenha representado profunda evolução em relação ao anterior, sofreu ao longo do tempo com problemas empíricos que precisavam ser reparados. O Presidente do Conselho Deliberativo apenas APLICA o Estatuto, e naquilo que é de sua competência.
13) Como dito ao Sr., NÃO FUI PROCURADO PELO FUTEBOL INTERIOR. Aliás, nenhum dos presentes na reunião foi. Somente o Sr. Paulo deu a sua versão dos fatos, completamente deturpada e a esconder a sua real participação na reunião, que foi, para se dizer o menos, de nenhuma contribuição. Meus contatos estão sempre à disposição, sendo que, recentemente, o Sr. me contatou pedindo informações sobre reunião do Conselho Deliberativo e as recebeu prontamente.
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(Nota da Redação – importante esclarecer que o Portal FUTEBOL INTERIOR enviou um repórter ao Brinco de Ouro da Princesa e o mesmo não conseguiu conversar com o presidente Marcelo Dias após a reunião, certamente, por algum desencontro).
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14) A reunião do orçamento é exigência estatutária. Foi agendada para deliberação em torno do mesmo, no prazo que é possível. Fiz questão de agenda-la para o dia 23 de forma telepresencial, para que todos os conselheiros possam participar de suas casas. Isso ocorre TODO ANO, HÁ ANOS, mas agora é ressaltado com viés de ataque oposicionista.
A vasta maioria dos conselheiros prefere reuniões online, que SEMPRE possuem presença maior do que as presenciais. Pessoas da oposição, interessadas em esvaziar as reuniões, querem impedir a realização telepresencial, ainda que não compareçam às presenciais.
15) Encerro dizendo que NÃO ACEITAREI MAIS MATÉRIAS POLÍTICAS QUE TRAGAM INVERDADES E NÃO SE VEJAM ACOMPANHADAS DE MEU POSICIONAMENTO. Esse tipo de matéria traz danos à imagem de pessoas, danos estes que não são reparados por completo de forma alguma, mesmo com uma ERRATA.
Toda a imprensa tem meu contato e meu respeito, para obter informações e posicionamento que permitam a edição de matéria justa. Respeito em absoluto as críticas, se feitas de forma respeitosa e com a verdade. Sou falível e admito reconsiderar qualquer decisão. Não admito, contudo, MENTIRAS, FAKE NEWS E MELINDRES POLÍTICOS VOLTADOS A DESTRUIR A IMAGEM DE PESSOAS.
Qualquer postura assim será alvo de dura resposta.
Atenciosamente,
Marcelo Dias
Presidente do Conselho Deliberativo do
GUARANI FUTEBOL CLUBE
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