ESPECIAL FI: Ponte Preta faz 2º semestre pífio, envergonha a torcida e cai para a Série C
Após terminar o primeiro turno da Série B flertando com o acesso, a Macaca conseguiu a proeza de fazer um segundo semestre pífio, que culminou com o rebaixamento para a Série C
Para 2025, o ano promete ser ainda mais desafiador para o torcedor da Ponte Preta
Campinas, SP, 25 (AFI) – Depois de um primeiro semestre tranquilo, com um Campeonato Paulista sem sustos – caindo nas quartas para o campeão Palmeiras – o torcedor pontepretano esperava uma Série B de permanência, para evitar o desgaste da temporada anterior. Pois bem, após terminar o primeiro turno da Série B flertando com o acesso, a Macaca conseguiu a proeza de fazer um segundo semestre pífio, que culminou com o rebaixamento para a Série C, com uma rodada de antecedência.
Recém ascendida da Série A2, esperava-se mais um ano conturbado na Ponte Preta. No Paulistão, até fez uma campanha aceitável e o mínimo que se espera, ao se classificar para as quartas de finais. Mas já no estadual, o elenco da Ponte já demonstrava que precisaria de reforços e principalmente identidade.
A classificação para o mata-mata só veio na última rodada, quando mesmo derrotada para o já rebaixado Santo André, contou com a “ajuda” do Corinthians, que segurou o Água Santa no ABC Paulista. Ali já demonstrava que quando a responsabilidade caísse nas mãos, ou melhor, nos pés dos jogadores, o caldo poderia entornar.
Desacreditada, foi até Barueri e foi despachada com uma sonora goleada do Palmeiras, por 5 a 1. Algo até normal, visto a disparidade de elenco entre as duas equipes. Ao menos, um dos objetivos foi alcançado: a classificação para a Copa do Brasil de 2025, confirmada no final do ano. O foco era a Série B.
Começou o nacional com um discurso de permanência e um vislumbramento pelo acesso. Pois bem, o começo foi mau, derrotas e empates em casa e consequentemente a queda do técnico João Brigatti – que salvou a equipe em 2023. Guarde esse nome, ele voltará ao final do texto.
Experiente e identificado, Nelsinho Baptista foi acionado. Técnico gabaritado, logo deu jeito na Macaca e enfileirou sete vitórias seguidas no Majestoso. Algo que fez o torcedor da Ponte pensar: “Esse ano vai ser sem sustos”.
Pois bem, veio o segundo semestre e os últimos 19 jogos e o caldo entornou de vez. A tímida janela de transferência fez a Macaca pagar caro, muito caro e com juros e correções. A queda brutal de rendimento de jogadores chaves, como Elvis, Jeh e o goleiro Pedro Rocha, escancararam de vez o problema de identidade e qualidade do elenco.
Com apenas 12 pontos conquistados, a Macaca selou sua queda para a Série C de 2025, algo inimaginável para aquele torcedor que terminou o primeiro turno a quatro pontos do G4 e com sete vitórias seguidas dentro de casa.
Após a derrota no Dérbi 208 dentro de casa, por 1 a 0 para o Guarani, Nelsinho Baptista pediu demissão, aliás o menos já havia pedido após a goleada sofrida para o Ituano, por 4 a 1, mas permaneceu após ser convencido pelo presidente Marco Antônio Eberlin.
A solução caseira encontrada foi do auxiliar fixo Nenê Santana, que não surtiu efeito e em três jogos, com apenas uma vitórias e faltando três para acabar a Série B, foi substituído, por, pasmem, João Brigatti. Salvador da pátria em outros anos, Brigatti não conseguiu cumprir sua missão de salvar a Nega Véia nos últimos três jogos, e o descenso vergonhoso foi consumado.
Para 2025, o ano promete ser ainda mais desafiador para o torcedor da Ponte Preta. O ano será de eleição e promete balançar muito as duas torres imponentes do Majestoso. Esse estádio construído pelas mãos de sua apaixonada torcida, que assim como realizou há 70 anos atrás, terá que refazer para reerguer o clube e recolocar a Macaca no seu lugar que é de fato e de direito.