Júnior Santos agradece a Ferraz que o descobriu no interior paulista

Júnior Santos explicou que Edivaldo Ferraz foi quem o descobriu na quinta divisão paulista e o preparou para ser campeão da América.

O artilheiro do Botafogo agradeceu ao empresário Edivaldo Ferraz, que segundo ele, “é meu segundo pai na vida e o primeiro no futebol”.

Libertadores - 2024
Júnior Santos abraça Edivaldo Ferraz

Buenos Aires, ARG, 30 (AFI) – Júnior Santos é o artilheiro da Copa Libertadores. Um goleador inimaginável há um ano atrás, principalmente por se tratar de um jogador ascendente, de origem humilde e que se profissionalizou sem passar pelas categorias de base. O camisa 11 do Botafogo, deixou o campo em Buenos Aires, como um dos principais responsáveis pela conquista deste título inédito.

Ao final do jogo ele se emocionou ao falar do pai, lembrou de histórias de Pelé e confessou ser fã de Neymar. E agradeceu ao empresário Edivaldo Ferraz, que segundo ele, “é meu segundo pai na vida e o primeiro no futebol”.

Júnior Santos explicou que Edivaldo Ferraz foi quem o descobriu na quinta divisão paulista e o preparou para ser campeão da América. Ele começou a jogar no modesto Osvaldo Cruz, depois passou por Ituano e Ponte Preta. Esteve no Japão, voltou ao Brasil, defendendo o Fortaleza e o Botafogo.

Foi Edivaldo Ferraz quem moldou o ‘peladeiro’ e o transformou num artilheiro de primeira linha, contratando uma equipe com nutricionista, psicóloga e assessoria de imprensa.

“Estou feliz e me sinto realizado porque este menino faz parte da minha trajetória como empresário. Eu sempre acreditei nele, mas coube a ele próprio viver suas lutas diárias para chegar ao topo”, disse Ferraz, que acompanhou de perto os bastidores desta decisão, na capital da Argentina. Ferraz foi abraçado pelo artilheiro aidna dentro de campo, na comemoração pelo título.

EMOÇÃO AO LEMBRAR DO PAI
“Eu falei pro meu pai (já morto), onde quer que ele esteja, que iria fazer um gol na final. E sei que onde ele estiver vai estar feliz. Eu não tenho medo de falar, porque eu tenho fé”, ressaltou.    

O atacante comparou a sua origem humilde, como de povo brasileiro, com a história de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos.

“Eu vi o filme do Pelé e ninguém acreditava no povo brasileiro. E muitos tiravam sarro do Pelé, por ser pobre, humilde. E eu vim dos campos de terra, dos golzinhos, do baba como fala lá na Bahia. Percebo que tem pessoas que as vezes não gostam de comentar sobre mim. Acho que não sou visto como um grande jogador. Vim da humildade, vim da favela, dos pés descalços, da imaginação”, reforçou.

O atacante lembrou também da campanha do Botafogo, que teve que disputar a pré-eliminatória da Libertadores e no jogo decisivo ele marcou o gol diante do Red Bull Bragantino, que carimbou a vaga no time na fase de grupos. Depois ele se machucou e ficou quase três meses fora do time, mas brilhou na final.

“Quando a vi a história sendo formada, na fase de classificação, depois na fase de grupo. Cada jogador foi importante, tanto aqueles que já estavam no clube como os que vieram depois. Cada um teve sua importância por este título que oferecemos à torcida”, disse.

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