Guarani contraditório: presidente fala em SAF após tanta incompetência; técnico vê outro jogo e executivo 'não diz nada'.
Se essa cartolada mostrou incompetência para gerir o futebol do Guarani, por que quer se atrever entrar numa discussão delicada sobre SAF?
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 19 (AFI) – A pauta desta edição sobre Guarani passa por três itens: dirigente desviando o foco para o tema SAF (Sociedade Anônima de Futebol); treinador Allan Aal discorrendo sobre atuação da equipe na derrota contra o Brusque, sem que os argumentos fossem contestados; superintendente de futebol Rodrigo Pastana participando de entrevista coletiva sem que justificasse porque cometeu vários erros em contratações na janela de setembro.
Se essa cartolada mostrou incompetência para gerir o futebol, por que quer se atrever entrar numa discussão delicada sobre SAF? Não é mesmo, presidente Rômulo Amaro?
ALLAN AAL VIU OUTRO JOGO
Aí o Guarani perdeu para o Brusque e o treinador Allan Aal, naquele cenário ‘decoreba’, citou que o seu time teve o controle do jogo, criou oportunidades e não converteu.
Que oportunidades?
Um chute do centroavante Caio Dantas, com rebote do goleiro Matheus Nogueira, no primeiro tempo, e o gol do garoto Léo Porfírio, quase no final da partida.
No mais, apenas chutes de fora da área.
E por que isso?
Porque o time dele não tem capacidade de penetração.
Tinha quando dispunha do atacante Airton.
Agora fica rodando a bola com passes curtos, de uma lateral a outra do campo ofensivo, mas esbarra quando alguém tenta a infiltração.
Sabiamente Aal tem pedido para que sejam evitados os improdutivos cruzamentos, num time sem atacantes altos.
Ora, bons tempos em que repórteres encaravam treinadores tête-à-tête, com possibilidade de réplica quando o entrevistado saía pela tangente e, por vezes, a discussão ficava ácida.
PASTANA NÃO FOI BEM
Quando participou da coletiva após o empate com o Amazonas, o superintendente de futebol Rodrigo Pastana ‘deitou e rolou’ em cima da ‘reportaiada’, pela facilidade de se expressar.
Faltou ser confrontado como contratou tão mal jogadores como Marcelinho, Maranhão, Lohan e Émerson Barbosa, comparativamente àqueles que já integravam o elenco?
Esse ‘papo furado’ que chegou em cima da hora e que não teve oportunidade de criar situação diferente não cola.
Evidente que isso não diminui o mérito dele, no passado, de ter trazido para o clube jogadores que corresponderam e deram lucro, como o lateral-esquerdo Jemerson e o atacante Yuri Tanque.
Mas que agora Pastana errou, isso é incontestável.
E aí, agora com orçamento reduzido vão conseguir jogadores que possam prosperar no Guarani?
O desafio está lançado!