Moisés Egert quer construir legado no XV: 'Torcedor está ferido'

O Nhô Quim desponta como um dos favoritos ao acesso na Série A2

Moisés Egert, técnico do XV. Foto: Mariana Kasten/XV de Piracicaba

Piracicaba, SP, 08 (AFI) – O técnico Moisés Egert falou pela primeira vez como técnico do XV de Piracicaba. Ele retorna ao clube onde iniciou sua carreira de treinador como uma dura missão: resgatar a identidade de uma equipe que enfrentou problema internos e vem de eliminações dolorosas nos últimos anos.

“Mais uma vez o XV precisa de mim e eu preciso do XV. Sabemos que será um grande desafio. Será um trabalho de muito profissionalismo. Tenho a chance de realizar um sonho novamente. Esperamos que seja um projeto, de médio a longo prazo, vencedor. Sabemos da responsabilidade até pelo tamanho do XV”, afirmou em coletiva de imprensa.

Moisés Egert não se intimidou com o desafio e, com os olhos brilhando, revelou que seu desejo é fazer história no clube. “Vai ser cobrado o acesso, queremos deixar um legado. Temos alguns desafios, como a formatação de elenco. Mas tem muita coisa para acontecer. Conheço muito bem a Série A2, vamos focar em jogo por jogo e ver o que acontece no final. Estou com menos cabelo, mais barba branca. De 2020 para cá, eu vou ter a torcida do meu lado. Naquele ano, eu não pude contar com os torcedores por causa da pandemia”, explicou.

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Sobre as seguidas eliminações, também foi direto. “Nosso torcedor está ferido, mas fiquei muito feliz pela recepção. Vamos olhar para frente. Esse é o momento. Precisamos do nosso torcedor, casa cheia, acreditando. O trabalho vai mais além do resultado.”

SAÍDA DO NOROESTE

Após levar o Noroeste para a Série A1 do Paulista, Moisés Egert estava certo de que continuaria no clube, mas os planos mudaram. “A negociação foi rápida e simples. Futebol é necessidade, é paixão, mas a conta chega, é estressante. O Noroeste divulgou que sai por problemas pessoais. Eu sentei com o presidente e coloquei na mesa o que estava sentindo. Eu não vivia por inteiro lá, por várias razoes. Ele entendeu e as coisas aconteceram naturalmente. Início, meio e fim em qualquer projeto. E, naquele momento, o ciclo havia chegado ao fim”, contou.

“O profissional precisa estar por inteiro naquele local, mas o corpo já estava me cobrando. Me perguntei se valia a pena e tomei a decisão de respirar novos ares. Logo na sequência, veio o contato do XV. Naquilo que foi apresentado, não pensei duas vezes. É o time da minha cidade, da minha família, dos meus amigos, onde tive uma história vencedora. Toda essa junção me faz estar por inteiro aqui e com a cabeça boa.”

ELENCO!

“Estamos buscando jogadores alto, de força, competitivos. Não vamos abrir mão de jogadores que já viveram essa experiência de pegar uma equipe de massa, de cidade grande. Óbvio que vamos olhar para base, vamos mesclar. Queremos jogadores vencedores, acostumados com a Série A2. Chegamos mais preparados, entendendo o que é a competição”, finalizou.

O XV estará no Conselho Técnico do Campeonato Paulista A2 na próxima segunda-feira, no Pacaembu. O evento definirá o regulamento e outras diretrizes da competição.

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