Que lamaçal a Ponte Preta foi se enfiar nesta segunda-feira, ao ser derrotada de virada, por 2 a 1, para o Paysandu, em Campinas!
Ao patinar nos 38 pontos, acabou superada pelo CRB e entrou na zona de degola da Série B, com indisfarçável cara que dela não mais sairá.
Por ARIOVLDO IZAC
Campinas, SP, 5 (AFI) – Que lamaçal a Ponte Preta foi se enfiar na noite desta segunda-feira, ao ser derrotada de virada, por 2 a 1, para o Paysandu, em Campinas!
Ao patinar nos 38 pontos, acabou superada pelo CRB que venceu o Ituano e assim ela entrou na zona de rebaixamento desta Série B do Brasileiro, com indisfarçável cara que dela não mais sairá.
Ou terá condições de somar cerca de cinco pontos dos nove ainda em disputa, com uma agenda que lhe reserva dois jogos como visitante – diante de Vila Nova e Avaí – e tendo que receber o Sport Recife, cuja vaga de acesso ainda não lhe está assegurada?
ESTUPIDEZ DE RISSO
Se o mar já não estava para peixe durante o primeiro tempo irregular da Ponte Preta, a irresponsabilidade do lateral-esquerdo Gabriel Risso colocou tudo a perder, após entrada violentíssima e quase no meio do campo sobre o atacante Paulinho Bóia, do Paysandu, aos seis minutos do segundo tempo.
Aí, acertadamente o árbitro pernambucano Rodrigo José Pereira de Lima imediatamente mostrou-lhe cartão vermelho, o que obrigou o técnico interino Nenê Santana a recompor a posição com a entrada do lateral Heitor Roca no lugar do meia Élvis.
A partir daí, o time pontepretano desmoronou de vez, pois o Paysandu o colocou na roda e só esperou o momento que voltasse a falhar para concretizar a virada, que surgiu aos 35 minutos, em jogada iniciada através de arrancada do atacante Borasi, que serviu o venezuelano Esly Garcia para complemento, com chute em cima do goleiro Pedro Rocha, que também falhou no lance.
A rigor, antes disso, em mais duas ocasiões, o Paysandu teve chances de marcar e desperdiçou.
Primeiro em chute do Esly Garcia que Pedro Rocha defendeu. Depois, quando o centroavante Nícolas ganhou a disputa pelo alto do zagueiro Nílson Júnior, da Ponte Preta, mas a cabeçada foi pra fora.
PAYSANDU COMPACTADO
A incontestável vitória do Paysandu já se desenhava desde o primeiro tempo.
Se é sabido que dispõe de um elenco limitado, pelo menos pauta por compactação de jogadores, que desde o primeiro tempo, no onze contra onze, já tinha mais posse de bola, explorando o buraco de marcação no meio de campo pontepretano com dois volantes, e sem a devida recomposição do meia Élvis e três atacantes escalados.
Pior é que, nas raras vezes que foram abastecidos, não davam seguimento às jogadas.
Assim, o Paysandu teve duas chances no primeiro tempo, soube explorar uma delas para chegar ao empate, no desdobramento do chute rasteiro de fora da área do lateral Bryan Borges, com desvio de Borasi no meio da caminho, aos 38 minutos.
Antes disso, Borasi já havia exigido defesa de Pedro Rocha, em finalização já dentro da área.
PONTE: VOLUNTARIEDADE
Coube à Ponte Preta, antes do intervalo, apenas voluntariedade de seus jogadores, e alguns, tecnicamente, bem abaixo do esperado, como os atacantes Iago Dias e Renato.
Mesmo assim, o time ainda teve duas oportunidades, convertendo uma delas em bola cruzada pela direita através do lateral Luiz Felipe, com três de seus parceiros de equipe posicionados na área adversária, um deles o zagueiro Mateus Silva, que ganhou a disputa direta com o lateral Edílson e testou a bola em direção ao canto esquerdo do goleiro Matheus Nogueira, que ainda resvalou nela aos 32 minutos.
Antes disso, em vacilo do miolo de zaga do Paysandu, o meia Élvis conseguiu, em lançamento, colocar o centroavante Gabriel Novaes na cara do gol, mas na finalização ele não conseguiu desviar a bola para tirá-la do goleiro adversário, que praticou a defesa, aos dez minutos.
NENÊ SANTANA
Portanto, além da imprudência de Risso ao provocar expulsão, erro no planejamento do treinador Nenê Santana ao deixar o seu meio de campo descoberto, e principalmente a falta de qualificação da equipe que abusou nos erros de passes, chutões desnecessários e sem sentido de organização para trabalhar a bola desde o campo defensivo.
Além disso, acrescente o descomprometimento do meia Dodô que, mesmo errando seguidos lances, continuou insistindo na tentativa de dribles.
OUTRAS COLUNAS
Em duas colunas anexas ao Blog do Ari e atualizadas, os assuntos são sobre volantes. Em Cadê Você, de âmbito doméstico, o personagem é o apenas voluntarioso Sílvio, que passou pela Ponte Preta nos anos 80, do século passado.
O áudio Memórias do Futebol registra mais uma morte de ex-atleta no mês de outubro: Denílson, do Fluminense, tido como o primeiro cabeça-de-área do futebol brasileiro, na década de 60.
Para acessá-las, assim como disponibilidade para postagem de comentários sobre o assunto do dia, o link é https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.
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