Novos ricos do Nordeste, Fortaleza e Bahia se enfrentam em confronto direto pelo G6

Equipes somam marcas expressivas, de ampliação das receitas ao maior poderio financeiro para realizar contratações nos últimos anos

O aporte financeiro reflete a ambição do Tricolor Baiano para as novas temporadas que viriam após a mudança no modelo de gestão

Fortaleza
Créditos: Matheus Amorim

Fortaleza, CE , 21 (AFI) – A partir das 21h deste sábado (21), Fortaleza e Bahia se enfrentam, na Arena Castelão, em duelo válido pela 27ª rodada da Série A, em confronto direto dentro do G6 do Campeonato Brasileiro. No topo da tabela desde o início da competição, ambas as equipes nordestinas, além do desempenho positivo em campo, também têm se destacado pelo novo momento financeiro que vivem.

No caso do Fortaleza, o Tricolor do Pici tem aumentado cada vez mais suas receitas, chegando a registar em 2023 o maior faturamento de um clube nordestino na história, ao somar R$ 371 milhões. O crescimento é de 1.445% em relação aos R$ 24 milhões que a equipe cearense arrecadava em 2017, a última em que disputou a Série C. As receitas do Leão ultrapassaram a casa dos R$ 100 milhões pela primeira vez na história em 2019, na temporada em que o clube voltou à Série A, chegando aos R$ 120 milhões. Já em 2022, os cerca de R$ 268 milhões arrecadados também foram recorde, à época, no futebol nordestino.

“Trabalhamos de forma responsável e séria desde o começo da gestão, e temos colhido os frutos no aspecto esportivo e também no financeiro. O trabalho de profissionais qualificados tem resultado em finanças estáveis e receitas crescentes, aliadas ao desempenho positivo em campo”, comenta Marcelo Paz, CEO da SAF Fortaleza.

Já pelo lado dos visitantes, o grande destaque fica por conta do investimento realizado nos últimos tempos. Desde que se transformou em SAF e recebeu injeções financeiras do Grupo City, em 2023, o Bahia já investiu mais de R$ 200 milhões em contratações. O aporte financeiro reflete a ambição do Tricolor Baiano para as novas temporadas que viriam após a mudança no modelo de gestão.

Somente na atual temporada, por exemplo, a equipe investiu cerca de R$ 120 milhões na aquisição de atletas. No início do ano, com as chegadas de Caio Alexandre por R$ 24,3 milhões e Jean Lucas, por R$ 27,1 milhões, foram gastos pouco mais de R$ 50 milhões. Já na janela de transferências do meio do ano, o Bahia foi ao mercado e trouxe o jovem destaque uruguaio Lucho Rodriguez, conhecido como “o novo Suarez”, ao desembolsar R$ 12 milhões de dólares (o equivalente a pouco mais de R$ 65 milhões na cotação atual). Com esses aportes, o Tricolor tornou-se “dono” das três contratações mais caras da história do futebol nordestino até o momento.