Recuperação Judicial do Figueirense é adiada novamente após impasse na assembleia

A nova data para a apresentação da proposta será no dia 18 de outubro, resultado de um acordo entre o clube e seus credores

Ao todo, 680 credores avaliaram as propostas de pagamento dos débitos tanto da Associação Figueirense quanto da Figueirense Ltda

Assembleia de credores do Figueirense e novamente adiada
O Figueirense confia na proposta para recuperar seu caixa - Foto: Patrick Floriani / FFC

Florianópolis, SC, 19 (AFI)- A decisão sobre a recuperação judicial do Figueirense foi novamente adiada após uma votação realizada durante a assembleia geral de credores. A nova data para a apresentação da proposta será no dia 18 de outubro, resultado de um acordo entre o clube e seus credores, após uma reunião virtual que contou com 189 votos a favor do adiamento e 136 contra.

O processo de recuperação visa organizar as dívidas do Figueirense, que envolvem um amplo leque de credores, como ex-funcionários, empresários de jogadores, outros clubes, fornecedores e prestadores de serviços. Ao todo, 680 credores avaliaram as propostas de pagamento dos débitos tanto da Associação Figueirense quanto da Figueirense Ltda.

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NOVA PROPOSTA?

A reunião, que se estendeu por cerca de sete horas, foi marcada por discussões sobre as recentes mudanças no plano de pagamento do clube, apresentadas no início do encontro. Os credores solicitaram mais tempo para avaliar essas alterações, pedindo inicialmente um prazo de 60 dias. No entanto, a urgência da situação financeira do Figueirense levou à definição de um prazo mais curto de 30 dias.

Filipe Guimarães, advogado do clube, argumentou contra o adiamento de 60 dias, afirmando que isso poderia agravar ainda mais a situação financeira do Figueirense. Segundo ele, as condições propostas para os credores poderiam piorar com um prazo maior, já que o atual acordo de investimentos, que garante o pagamento das obrigações, estava limitado àquele momento.

“O Figueirense não suporta os 60 dias. Não quero fazer alarmismo, mas a situação vai se tornando cada vez mais difícil. O acordo de investimentos que garante o pagamento das obrigações nas condições propostas vai apenas até hoje. Não consigo garantir que o plano a ser votado em até 60 dias será o mesmo, provavelmente será pior”, afirmou Guimarães.

REVOLTA

A falta de clareza e as alterações de última hora no plano de recuperação causaram descontentamento entre os credores. Um dos participantes da assembleia cobrou uma dívida do clube no valor de R$ 1.700, referente a 2018, o que também gerou polêmica devido à prescrição do débito pela legislação trabalhista.

No total, de 680 credores da Associação Figueirense, 343 estiveram presentes na assembleia, enquanto 266 dos 550 credores da Figueirense Ltda compareceram. Agora, todos os envolvidos aguardam a próxima assembleia, onde será feita a nova avaliação do plano de recuperação judicial, que pode definir o futuro do clube.

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