Clubes brasileiros somam quase R$ 300 milhões em premiações durante competições continentais

Veja qual time arrecadou mais dinheiro em bonificações pela campanha na Libertadores e na Sul-Americana

Dentre os brasileiros na Libertadores, o que mais recebeu bonificações da Conmebol foi o Atlético-MG, com R$ 32,4 milhões

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Foto: Divulgação

São Paulo, SP , 16 (AFI) – Ao longo desta semana, os clubes brasileiros iniciam a disputa das oitavas de final das copas Libertadores e Sul-Americana. Passadas as fases iniciais de ambas as competições, os clubes brasileiros, somados, se destacam pelas premiações já recebidas até o momento, de cerca de R$ 290 milhões. O Brasil é o país com mais representantes ainda na briga pelas duas competições, considerando os dois torneios: são sete times nacionais na principal competição de clubes da América e mais cinco na Sula.

Dentre os brasileiros na Libertadores, o que mais recebeu bonificações da Conmebol foi o Atlético-MG, com R$ 32,4 milhões. A equipe faturou a maior premiação em comparação com outros rivais brasileiros, que venceram menos partidas na fase de grupos e, portanto, receberam menos bonificação por vitória. Enquanto Palmeiras, São Paulo e Fluminense somaram R$ 30,7 milhões cada, Grêmio, Flamengo e Botafogo receberam R$ 28,8 milhões em bonificação ao longo do torneio.

Já na Sul-Americana, o destaque vai para Athletico e Red Bull Bragantino, que passaram pela fase de playoffs e no momento somam R$ 13,5 milhões cada, em bonificação ao longo da competição. Já entre os times que passaram diretamente para as oitavas de final, Corinthians e Fortaleza somam R$ 10,5 milhões, enquanto o Cruzeiro faturou pouco mais de R$ 10 milhões.

As premiações recebidas nos torneios sul-americanos são recordes para este ano e fazem parte de um total de R$1,5 bilhão que a Conmebol oferece em bonificações durante as competições que organiza entre clubes, em 2024. O crescimento é de 7% em relação ao valor oferecido em 2023, quando também houve salto significativo em relação ao ano anterior.

Esta valorização dos torneios a cada temporada não é por acaso e vai ao encontro de ações que a entidade máxima sul-americana vem adotando como forma de valorizar o produto. É o que indica Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil, agência de experiências esportivas que é parceira oficial da Conmebol para as finais da Libertadores e da Sul-Americana.

“Atualmente, identificamos uma constante preocupação da Conmebol em viabilizar uma experiência completa aos torcedores. Na decisão da Libertadores em 2023, por exemplo, executamos várias ativações nesse sentido, em parceria com os patrocinadores oficiais da entidade. Um dos exemplos é a oportunidade em que ‘vestimos’ o Cristo Redentor com as cores do Fluminense, após a conquista do título. Experiências como essas, que extrapolam os gramados, desempenham importante papel para que o torneio se valorize comercialmente e também possa oferecer melhores premiações”, pontua Lo Prete.

“Acreditamos que a competição ficará ainda mais atrativa, já que o envolvimento do torcedor aumenta e isso provoca grandes públicos”, acrescenta o CEO da SAF do Fortaleza, Marcelo Paz, sobre o aumento da premiação.

Crescimento no público também atrai mais receitas

Entre os jogos de clubes nacionais, as equipes também registraram crescimento de público, de modo geral. Se na edição de 2023 a presença média dos torcedores brasileiros nos estádios foi de pouco menos de 39 mil por partida, em 2024 é superior aos 40 mil. O salto mais significativo, entretanto, é na Sul-Americana, que no último ano registrou média de público na casa dos 14 mil em jogos de equipes brasileiras durante a fase de grupos e, nesta temporada, passou para mais de 21 mil.

Presente em estádios que receberão partidas das oitavas de final da Copa Libertadores, como Arena MRV e Allianz Parque, a GSH é uma empresa especializada em gestão e operação de alimentos e bebidas em eventos esportivos. A marca, que participou da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, e na Fórmula 1, contribui para que o público tenha ainda mais conforto e praticidade durante os confrontos decisivos.

A alta dos índices de público faz com que os clubes e as empresas que operam nos estádios impulsionem as receitas durante as partidas. “Nos jogos especiais, como no decorrer das principais decisões das competições continentais, aumentam as possibilidades de levarmos ações únicas e experiências fora do padrão para os frequentadores dos estádios, em movimento que costuma ter boa adesão dos presentes, apesar do valor mais elevado dos ingressos”, afirma Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que administra camarotes nos estádios de Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Grêmio, Botafogo e em outros três estádios brasileiros.

Brasil dominando dentro de campo

Se fora de campo, o crescimento dos índices de público e as possibilidades de arrecadação são destaques, dentro dele, a presença dos brasileiros também chama a atenção. Pela primeira vez na história, sete equipes nacionais estão classificadas para as oitavas de final da Libertadores. O momento brasileiro inclusive se soma ao recente retrospecto inédito de um mesmo país campeão da principal competição da América por cinco temporadas consecutivas (Flamengo, em 2019 e 2022; Palmeiras, em 2020 e 2021; e Fluminense, em 2023).

Para Fábio Wolff, Especialista em marketing esportivo e sócio-diretor da Wolff Sports, a resposta para a recente dominância brasileira é clara. “O Brasil é o país melhor estabelecido financeiramente na América do Sul. As equipes daqui oferecem valores muito acima do que os adversários podem pagar e podemos ver que isso afeta os resultados”, conclui.

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