Com estádio abandonado, moradores querem solução urgente do América-SP

Em pouco mais de 120 dias de intervenção no América, a situação é de total paralização no clube

O espaço para o esclarecimento da atual situação do clube americano está a disposição do interventor.

América-SP
Foto: Divulgação

Por: Oscar Silva

São José do Rio Preto, SP, 27 (AFI) – Intervenção nem sempre é a solução e o América Futebol Clube de São José do Rio Preto continua o mesmo e abandonado. Moradores ao redor do Estádio Benedito Teixeira, o Teixeirão reclamam do mato, ratos e escorpiões. Em pouco mais de 120 dias de intervenção no América, a situação é de total paralização no clube que mais vezes disputou o Campeonato Paulista da Primeira Divisão, a elite.

O interventor Samir Barcha encontra sérias dificuldades em resolver os problemas crônicos no clube. Não conseguiu manter o time na Quarta Divisão do Patamar Paulista, está sem as divisões de base, perdeu o prazo para inscrever o time no Paulista Sub 20, corre riscos de desfiliação ou multa pesada e ainda deixa o estádio e arredores em total abandono, no local que é considerado um dos quatro maiores estádios particulares do estado de São Paulo, com uma área total em bairro nobre de cerca de 60 mil metros quadrados. Fotos – Divulgação.

NOMEAÇÃO!

Assinada pelo juiz Glariston Resende, a decisão colocou Samir Felício Barcha, sócio vitalício do América, no cargo de administrador provisório do clube. Ele foi indicado para a função pelo autor da ação, Marcos Cezar Vilela, membro de oposição a diretoria passada, mas nada de mudança e sim preocupação.

O repórter Oscar Silva, entrou várias vezes em contato com o interventor Samir Buchala, mas não teve retorno para esclarecer o fato e a realidade que o clube americano vem passando que não de agora. Porém, as pessoas responsáveis que assumiram não vem correspondendo a expectativa de todos os americanos, em especial a torcida do Rubro. É preocupante, o silêncio do atual dirigente e interventor sem esclarecimentos.

TEM MAIS!

Nesta temporada, o Rubro caiu para a última divisão e no ano que vem vai disputar o Campeonato Paulista Sub 23 Segunda Divisão, a tradicional “Bezinha”. O palco Teixeirão com grande legado com o duelo Santos e Vasco, em 2004, na grande final do Campeonato Brasileiro, a vinda da Seleção Brasileira contra o Gana, hoje é outra realidade e vê aos poucos o gramado sendo destruído pela seca e falta de cuidados, até porque conta com apenas um funcionário.

Moradores e pedestres que passam por aquele setor do Teixeirão já denunciaram a prefeitura  que as calçadas desapareceram com mato e estão intransitáveis, inclusive com usuários  correndo o risco de atropelamento. A vigilância sanitária notificou o clube para realizar a limpeza no local. No último final de semana era previsto um mutirão, mas sem sucesso pois pessoas ligadas ao interventor não foram o suficiente o número ideal de pessoas para a limpeza e ficou aquém da expectativa.

O interventor Samir Barcha, nomeado pela justiça tem o dever de fazer um relatório mostrando a situação atual do clube e prazo para marcar as eleições. O interventor não respondeu ainda a uma notificação extra judicial sobre os gastos feitos durante a disputa da Série A4. Segundo informações, nem o juiz recebeu a tal prestação de conta. Neste abandono no clube, foram achados focos de mosquitos da dengue. O espaço para o esclarecimento da atual situação do clube americano está a disposição do interventor.