Abel Ferreira minimiza rivalidade e vê final do Paulistão entre Palmeiras e Santos como justa
O Verdão entra como favorito a mais um título de Campeonato Paulista, mas Carille conhece muito bem essa competição
O primeiro jogo da final acontecerá neste domingo, às 18h, na Vila Belmiro
São Paulo, SP, 29 – O técnico Abel Ferreira não quis bater na tecla da rivalidade, entre Palmeiras e Santos, que viveu um de seus auges entre os anos de 2015 a 2021, quando fizeram três finais (Paulistão, Copa do Brasil e Libertadores). O treinador demonstrou muito respeito ao rival e entendeu ser uma final justa de Estadual, já que os dois times tiveram as melhores campanhas da primeira fase.
“Eu sei que essa rivalidade é antiga e eu cheguei recentemente. O Santos tem uma história imensa e, para ser bem sincero, quando eu era pequeno eu via mais o Santos do que o Palmeiras, por conta do Pelé. Nós respeitamos o nosso adversário. A final é justa com os dois times melhores colocados disputando a final. Entendemos essa rivalidade, mas encaramos como mais uma final. Vamos focar na nossa tarefa e competir”, disse Abel, durante a coletiva de imprensa realizada entre os dois técnicos finalistas na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF).
Em busca do seu décimo título no comando do Palmeiras, o terceiro no Campeonato Paulista, Abel Ferreira revelou que a pressão está mais forte sobre o time e sua comissão técnica e destacou que é preciso incentivar os jogadores para que eles continuem sempre com “fome” de conquistas.
“Fazemos um trabalho de continuidade. Este ano trouxemos coisas novas para que os jogadores se sintam desafiados. Apesar de a base ser quase a mesma, estamos instalando dinâmicas diferentes. Ajuda os jogadores a crescerem e a se manterem motivados. É um trabalho de continuidade, mas as exigências são as mesmas, o sarrafo está cada vez mais alto, e a pressão só aumenta. Temos que continuar fortes como equipe e dar o nosso melhor para ganhar”, afirmou.
FATOR MOTIVADOR
Abel ainda usa o fato de estar longe de sua terra Natal para motivar seus atletas. “Meus jogadores sabem que faço muita renúncia para estar aqui com eles, e não dá para fazer isso se não for para brigar por títulos. Quando levanto da cama, como treinador, minha missão é desafiá-los. Passamos horas no CT para estarmos nas finais. Veja o que aconteceu ao Corinthians e ao São Paulo, essa competição é muito difícil. É difícil chegar nas finais de forma consistente. São 13 finais, vocês exaltam as vitórias, mas mesmo nas derrotas sabemos o que fizemos. Mesmo nos momentos em que as coisas não acontecem da forma como queremos, nós lutamos e queremos. Se eu chegasse no fim do ano e não ganhasse um título, eu não estaria aqui.”
Sobre o calendário, o treinador voltou a criticá-lo e alertou mais uma vez a importância de uma mudança no futebol brasileiro. “Todos dentro dessa sala sabem, enquanto o Santos foca em uma coisa só, que é a final, nós temos um jogo de Libertadores no meio do caminho, com dias de recuperação a menos. Por isso eu tanto batalho para que se ajuste o calendário.”
Por fim, o treinador também minimizou um duelo individual com Fábio Carille, que tem três títulos do Paulistão, todas com o Corinthians, uma conquista a mais do que o palmeirense. “Eu não busco títulos pra mim e eu nunca joguei contra nenhum treinador. É o Palmeiras contra o Santos, não é o Abel contra ninguém, eu nunca joguei contra ninguém. Já jogamos contra o Santos e sabemos com será difícil. Mas espero que seja uma grande final”, concluiu.