Técnico do Catanduva nega má fé em substituição e desabafa: "Que não apague nossa vitória"

A arbitragem permitiu que ocorresse as seis substituições, colocou uma versão diferente das imagens em súmula e validou o gol marcado por Thiago Ribeiro

Além de esclarecer tudo sobre a polêmica, Ivan Canela revelou os objetivos do Catanduva na Série A3

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Última mudança do Catanduva, diferente do que está em súmula

Catanduva, SP, 30 (AFI) – Após o breve anúncio na coletiva de imprensa, o técnico Ivan Canela falou pela primeira vez sobre a polêmica que vem tomando conta do Campeonato Paulista da Série A3. Durante a vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio Prudente, o treinador do Catanduva, fez seis substituições, invés das cinco permitidas por regra. O caso pegou todos de surpresa, inclusive a arbitragem, que autorizou as mudanças e só veio à tona através da imprensa.

Em entrevista exclusiva ao Portal Futebol Interior, ele admitiu o equívoco e negou ter feito as substituições de má fase.

“Foi um fato inusitado, inédito, nunca tinha visto antes. Em nenhum momento, usamos a sexta substituição para levar vantagem ou usar de má fase. Não foi premeditado, longe disso. Fizemos uma substituição no intervalo, e deixamos os três atos para fazermos quatro trocas. No calor do momento, fizemos cinco. Muitos estão alegando que foi o Thiago Ribeiro, mas a súmula prova que o último foi o Nathan Índio, que praticamente não pegou na bola. O Catanduva acabou usando da sexta substituição, mas sem má fé, e sem intenção. Temos um perfil de ética e fair play. Faltou também controle da arbitragem, só fomos perceber pela imprensa. É difícil ter controle lá na hora, mas espero que isso não apague a nossa vitória que foi por mérito e justa”, afirmou.

MAIS POLÊMICA

Como o treinador disse, na súmula, o árbitro Vinícius Bettio relatou que Nathan Índio foi a sexta mudança do Catanduva na partida. No entanto, pelas imagens do “Futebol Paulista”, o último jogador a ter seu número levantado pelo quarto árbitro e entrar em campo foi Thiago Ribeiro, autor do gol de vitória do time sobre o Grêmio Prudente com um toque de letra.

Segundo o ex-árbitro Fifa, Manoel Serapião, houve um “erro de fato”, o que impede que a partida seja anulada, independentemente de quem tenha marcado o gol da vitória do Catanduva. Na visão de Serapião, o gol deveria ter sido anulado, mas no momento em que ocorreu. Como isso não aconteceu, o resultado da partida tem que ser mantido.

Ivan Canela também considera o ocorrido como um “erro de fato”. “O Catanduva espera que o resultado seja mantido. Foi um erro de fato, de desatenção. Não podemos condenar ninguém, mas não podemos assumir um erro que aconteceu no meio de tanta fiscalização. Foram feitas seis substituições, mas poderia ter um controle maior. Ficamos tristes e esperamos que o resultado seja mantido”, disse.

OBJETIVOS

O treinador aproveitou também para falar dos objetivos do Catanduva na Série A3. O clube é o único com 100% de aproveitamento. “Nosso objetivo é manter o Catanduva na divisão. É um campeonato difícil, queremos fazer uma campanha de permanência. A segunda meta é tentar ficar entre os oito. Temos os pés no chão. Os jogadores entenderam de forma clara. Queremos atingir essa pontuação para ficar tranquilos. Depois o que vier vai ser lucro”, afirmou.

Sobre Thiago Ribeiro, que esteve no meio da polêmica, mas foi decisivo ao fazer um golaço diante do Grêmio Prudente, Ivan Canela disse: “É sempre importante ter um atleta do gabarito do Thiago Ribeiro. E é importante fazer ele entender o processo do clube. Ele ainda não começou como titular, mas vem entrando muito bem. Tem muita experiência, passa coisas boas para os atletas. No momento certo, temos a convicção que ele será decisivo. É um ser humano incrível, do bem, só tem a agregar

dentro do nosso trabalho e engrandecer tudo o que estamos fazendo.”

O Catanduva volta a campo na quarta-feira, às 20h, diante da Itapirense, no estádio Silvio Salles.

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