O recado lógico é que acordem para a realidade, sob risco de se repetir 2022, quando impiedosamente o time foi rebaixado à Série A2 do Paulista.
Um amontoado de jogadores correndo sem coordenação, provocando sério risco de nova derrota neste Paulistão - e para uma equipe modesta
BLOG DO ARI
Campinas, SP, 28 (AFI) – O torcedor pontepretano deixou o Estádio Moisés Lucarelli de ‘saco cheio’, no final de tarde deste domingo, após o empate sem gols com a Inter de Limeira, e quando ligou o rádio para ouvir a entrevista coletiva do treinador João Brigatti ficou mais irado ainda, ao ouvir justificativa de mudança de sistema de jogo de 4-2-3-1 para qualquer outra alternativa, ou então opção pelo losango.
Que ‘papo furado’! Um amontoado de jogadores correndo sem coordenação, provocando sério risco de nova derrota neste Paulistão – e para uma equipe modesta – só pode provocar revolta do torcedor.
Como pedir paciência ao torcedor se não há transição satisfatória dos laterais ao ataque? Se entra jogo e sai jogo, o zagueiro Matheus Silva abusa de fazer ligação direta? Se o time é escalado com dois atacantes de beirada que não fazem a devida recomposição, e provocam sobrecarga aos dois volantes, visto que o meia Élvis não é jogador de marcação?
Por essas e outras, o torcedor pontepretano viu o seu time ser inteiramente dominado durante o primeiro tempo, tanto que, não fossem duas defesas difíceis de seu goleiro Pedro Rocha já estaria em desvantagem naquele período.
INTERVALO
Brigatti ou alguém indignado com aquele cenário pelo menos procurou mexer com os brios dos jogadores durante o intervalo, no vestiário, e o reflexo disso foram os primeiros 20 minutos de desdobramento da boleirada pontepretana no segundo tempo.
Pelo aquela correria serviu para frear o ímpeto da Inter durante aquele curto período, pois na sequência a Ponte Preta voltou a praticar futebol desesperançoso ao seu torcedor.
Reflexo disso, novamente a equipe ficou na dependência de seu goleiro Pedro Rocha para evitar o pior, com prática de mais três defesas dignas de registro aos 15, 23 e 36 minutos.
Quando Everton Brito, da Inter, ficou cara a cara com o goleiro, e tentou o drible para limpar o lance, esbarrou na defesa do pontepretano.
Depois, em lances consecutivos em finalizações de Gustavo Bochecha e João Felipe.
Por fim, em chute forte e sem ângulo de João Felipe.
DOIS PONTOS
Como um quarto da primeira fase do Paulistão 2024 já ficou para trás e a Ponte Preta contabiliza apenas dois pontos e em jogos como mandante, o recado lógico é que acordem para a realidade, sob risco de se repetir 2022, quando impiedosamente o time foi rebaixado à Série A2 do Paulista.
Portanto, ‘sacar’ inexplicavelmente o volante Ramon Carvalho da equipe e escalar o atacante Renato sem condições físicas adequadas, merece explicação convincente.