Fernando Diniz admite desgaste, vê sonho realizado no Fluminense e crava: 'Chegou'
Em entrevista coletiva, que antecede a estreia no Mundial de Clubes, contra o Al Ahly, do Egito, nesta segunda-feira, às 15h (horário de Brasília), em Jeddah, na Arábia Saudita, o treinador revelou que disputar o torneio era uma ambição desde a sua chegada ao clube
O treinador admitiu também que o time está desgastado devido ao extenso calendário do futebol brasileiro
Rio de Janeiro, RJ, 17 – Fernando Diniz não escondeu que está realizando um sonho no Fluminense. Em entrevista coletiva, que antecede a estreia no Mundial de Clubes, contra o Al Ahly, do Egito, nesta segunda-feira, às 15h (horário de Brasília), em Jeddah, na Arábia Saudita, o treinador revelou que disputar o torneio era uma ambição desde a sua chegada ao clube.
“Disputar o Mundial de Clubes para nós foi todos os dias, desde que eu cheguei ao Fluminense Era um sonho que a gente nutria. Não foi algo que aconteceu na casualidade, foi muito trabalho. Não é porque você trabalha muito que você vai ganhar, mas trabalhar muito e sonhar todos os dias que é possível te aproximar das conquistas e foi o que nos trouxe até aqui. Continuamos trabalhando muito, sem parar e sonhando também. Vamos procurar fazer o nosso melhor na semifinal, vamos colher um resultado e diante disso vamos nos preparar para o segundo jogo”, afirmou Diniz.
O treinador admitiu também que o time está desgastado devido ao extenso calendário do futebol brasileiro. Fernando Diniz, no entanto, vinha preparando a equipe na reta final do Brasileirão desde a conquista da Libertadores.
“Não sei até que ponto isso pode pesar. Se ganhar vai falar que não pesou e se perder vai falar que pesou, são aquelas respostas fáceis de acabar fazendo depois do resultado. O que posso falar do Fluminense é que chegamos em boas condições. É um sonho muito grande. O cansaço eventual que temos pelo desgaste da temporada inteira é suprimido pela imensa vontade que temos de estar aqui. Estamos de corpo e alma pelo Fluminense”, afirmou.
Apesar de estar longe do Brasil, o treinador acredita que a torcida pode fazer a diferença, assim como ocorreu durante toda a Libertadores. O Fluminense foi campeão com vitória sobre o Boca Juniors, por 2 a 1, no Maracanã.
“Viemos de um feito histórico, que é a conquista da Libertadores. A simbiose que o time tem com a torcida talvez seja o ponto crucial do Fluminense nesta temporada. Porque em muitos momentos a torcida levou o time para frente e acreditou no time. A gente espera essa colaboração mesmo que fisicamente não tenha o mesmo número de torcedores no Maracanã, mas a gente sente a força da torcida que nos acompanhou tão bem neste ano”, disse.
Fernando Diniz também foi questionado sobre a quantidade de medalhões no seu elenco. O treinador, no entanto, enxergou o fato como algo crucial para o sucesso do time na temporada. Vale lembrar que o clube está muito próximo de anunciar outro veterano, o meia Renato Augusto, que já deixou o Corinthians e está apalavrado com a equipe tricolor.
“Foi um ano em que não dá para afirmar que a idade foi um problema e que eles não correram. Pelo contrário. Nós nos aproveitamos muito da imensa categoria e do profissionalismo desses jogadores, da generosidade que têm com todos no Fluminense, dos ensinamentos que passam para os mais jovens, crescimento que conseguiram promover em mim como treinador, quanto para o André e Nino que são jovens. Esses jogadores fazem um bem enorme para o Fluminense e conseguem jogar muito bem”, disse.
O Fluminense entrará em campo nesta segunda-feira com o claro objetivo de conseguir uma vaga na final, visando um provável confronto contra o Manchester City, que jogará frente ao Urawa Red na terça-feira. O time europeu é apontado como o principal favorito ao título.
“Os times sul-americanos não ganham desde 2012 e isso passa pelo poder financeiro. Eles levam os melhores para o continente. Isso acontecendo por muito tempo acaba gerando um desnível. O que explica é o desnível financeiro. Não acredito que seja porque evoluiu demais. Em seleções, seriam outros aspectos, mas as seleções também acabam se beneficiando. Mas quando você faz isso por 20 ou 30 anos, os países acabam evoluindo por estarem jogando com os melhores e contra os melhores”, afirmou.