Ceará criou dificuldades ao Guarani e empate ficou de bom tamanho
O placar de zero a zero se ajustou perfeitamente ao comportamento das equipes. Cada um mereceu um ponto, mas ambos seguem fora do G-4 da Série B.
Tem-se que considerar que o surpreendente Ceará foi determinado e até rondou mais vezes a área bugrina no segundo tempo
BLOG DO ARI
Campinas, SP, 2 (AFI) – Evidente que 99% dos 10.443 torcedores que foram na noite desta quarta-feira ao Estádio Brinco de Ouro esperavam que o Guarani mantivesse o embalo de vitórias nesta Série B do Campeonato Brasileiro, mas no futebol nem sempre uma equipe ajustada repete um aplaudido rendimento, e tem-se que considerar que o surpreendente Ceará foi determinado e até rondou mais vezes a área bugrina durante o segundo tempo, sem contudo exigir uma defesa justificável do goleiro Pegorari.
Logo, o placar de zero a zero se ajustou perfeitamente ao comportamento das equipes, com bom desempenho defensivo do Guarani quando o time cearense ficou mais tempo com a bola, e buscou de todas as formas furar o bloqueio, não conseguindo.
A bem da verdade, exceto o gol do Ceará anulado pelo árbitro capixaba Dyorgines José Padovani de Andrade, aos 24 minutos do primeiro tempo, após ter sido orientado pelo VAR que a bola havia tocado no braço do centroavante Bissoli, antes da finalização, não se contabiliza outra chance da equipe visitante.
Apesar disso, hoje vê-se uma planilha tática mais convincente do Ceará, orientado pelo treinador Guto Ferreira, o que pode indicar recuperação da campanha instável até então, no percurso ao longo do segundo turno da competição.
PRIMEIRO TEMPO
Foi um primeiro tempo em que o Guarani tentou colocar em prática a intensidade mostrada nas últimas partidas, principalmente usando o lado direito do campo, porém ora com erros de passes, ora se esbarrando no adequado posicionamento defensivo do Ceará, que interceptava as jogadas.
UMA CHANCE
A rigor, durante o primeiro tempo, sobre efetividade ofensiva do Guarani, registro apenas pela persistência do atacante de beirada João Victor, quando do erro de saída de bola do zagueiro Luiz Otávio.
Na ocasião, o jogador bugrino interceptou o passe e arriscou chute que saiu à esquerda da meta do goleiro Bruno Ferreira.
Já o Ceará se preocupou com valorização de posse de bola, e isso implicou em lentidão na transição ao ataque, o que facilitou o sistema de marcação colocado em prática pelo time bugrino.
VAR
Na única jogada de lucidez do time cearense, o meia Chay serviu o centroavante Bissoli, que veio buscar bola fora da área.
Aí, após matada no peito do jogador cearense, a finalização foi precisa, com bola no canto alto do goleiro Pegorari do Guarani, aos 24 minutos.
Todavia, por intervenção do VAR, que detectou toque de bola no braço de Bissoli, o gol foi invalidado, com marcação de falta.
BRUNO JOSÉ E BRUNO MENDES
Embora tivesse rondado a área cearense poucas vezes durante o segundo tempo, registra-se duas chances de gols do time bugrino.
Primeiro aos 25 minutos, quando lançado por Bruninho e ganhando na corrida do marcador, o atacante Bruno José se atrapalhou com a precisa saída da meta do goleiro Bruno Ferreira, para fechar o ângulo, e o chute foi pra fora.
Depois, aos 48 minutos, após cobrança de escanteio de Régis, o centroavante Bruno Mendes colocou a testa na bola, que bateu no travessão.
No minuto anterior, o árbitro expulsou o zagueiro Luiz Otávio, do Ceará, após aplicação do segundo cartão amarelo.