São Paulo, SP, 30 (AFI) – Em manhã estrelada do experiente goleiro Marcos Felipe, o confronto entre São Paulo e Bahia teve inúmeras oportunidades de bola na rede, mas o duelo terminou zerado no Morumbi, na capital, pela 17ª rodada do Brasileirão.

Para o São Paulo, o resultado não foi nada agradável, ainda mais pela partida ofensiva que o time fez. O resultado manteve a equipe da capital na oitava colocação, agora com 26 pontos, mas chegou a uma sequência de três jogos consecutivos sem vitória.

Visto que o técnico Renato Paiva não esteve nada satisfeito com a partida que o Bahia fez, e pelos grandes riscos que correu, o ponto conquistado diante de mais de 56 mil torcedores adversários pode até ser visto como um bom resultado, isto porque também enfrentou o segundo melhor mandante na competição. O time baiano não conseguiu deixar a zona de rebaixamento, mas agora soma 15 pontos, na 17ª colocação, o mesmo número do Goiás, que aparece logo acima.

SÃO PAULO MELHOR

O jogo começou quente no Morumbi, com a torcida agitada e o São Paulo tendo a primeira chance antes de completar um minuto de jogo, quando Caio cruzou mas Rodrigo Nestor não cabeceou bem, fazendo com que Marcos Felipe defendesse com tranquilidade. A resposta baiana foi aos quatro minutos, com Ademir também de cabeça, mas sem perigo.

O Tricolor Paulista mais uma vez chegou com perigo pelo lado direito, nas costas do lateral Gilberto. Caio lançou David, que cruzou rasteiro para a entrada da área. Nestor apareceu chutando firme, e mais uma vez foi parado pelo goleiro adversário. Os mandantes cresceram no jogo e rapidamente tiveram outra oportunidade com Nestor, que desta vez limpou a marcação e bateu no cantinho, mas a bola explodiu na trave, arrancando muitos gritos da torcida.

Aos 20 minutos mais duas chances: David atacando as costas da última linha teve espaço mas foi parado pelo goleiro, que fez uma grande partida, enquanto Caio finalizou de primeira da entrada da área e novamente Marcos Felipe dava todos os indícios de que se tornaria o vilão da equipe paulista.

Com dores na coxa esquerda, Erison deixou o campo chorando para dar vaga a Juan, e o Bahia aproveitou a pausa para tentar surpreender. Matheus Bahia e Ademir finalizaram de fora e por muito pouco não acertaram golaços de perna esquerda, mas as duas tentativas foram para fora da meta.

Com 30 minutos de jogo, Gilberto, Matheus Bahia e Gabriel Xavier já estavam amarelados entre os quatro jogadores da linha defensiva, colocando o Bahia em risco de ficar com um a menos. Dois minutos depois o goleiro baiano quase passou de herói para vilão, já que passou mal a bola e Juan conseguiu interceptar. O atacante rolou para David, que finalizou colocado rente à trave, enlouquecendo a torcida que queria a bola na rede em uma grande oportunidade de dentro da área.

O confronto começou a ficar mais calmo nos minutos seguintes devido ao cansaço, resultado do forte ritmo de jogo imprimido na primeira meia hora do jogo. O São Paulo manteve a posse da bola e vez ou outra encontrava espaço para acelerar as jogadas e encontrar finalizações, mas várias vezes parados no goleiro adversário, que contribuiu para um primeiro tempo sem gols, com sete grandes defesas.

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BAHIA MARCA, MAS GOL É ANULADO

O segundo tempo começou na capital com muita velocidade. Tomado por transições, o jogo mais uma vez começou elétrico, e enquanto o São Paulo atacava com maior perigo, o Bahia aparecia ao ataque mais timidamente, mas ainda alertava a defesa do time mandante.

Insatisfeito à beira do campo, o técnico Renato Paiva optou por duas trocas, colocando Rafael Ratão e Vitor Jacaré na partida, substituindo Acevedo e Vinícius Mingotti. O efeito foi praticamente imediato, já que o Bahia roubou a bola no campo de ataque e Cauly lançou Vitor Jacaré na cara do gol. Apesar de abrir o placar, o gol foi anulado por impedimento do atacante.

No São Paulo, Michel Araújo e Alexandre Pato tiraram os coletes e entraram nos lugares de Wellington Rato e Rodrigo Nestor, para enfim tentarem balançar as redes defendidas por Marcos Felipe, mas a realidade é que o jogo ficou mais físico do que técnico, além de muitos erros de passe.

A dupla Raul Gustavo e Camilo Cándido entraram nos lugares de Thaciano e Matheus Bahia para repor as energias baianas, enquanto Welington e Rodriguinho assumiram as posições deixadas por Caio e Alisson. Aos 42, um contra-ataque praticamente fulminante lançou Rafael Ratão, mas o atacante teve que disputar a bola com Rafael, com o goleiro são-paulino levando a melhor.

Uma nova chance do São Paulo nos acréscimos foi com Arboleda, mas a cabeçada do zagueiro após escanteio parou no goleiro Marcos Felipe, mais uma vez. O goleiro com certeza foi o grande nome do confronto que terminou empatado sem gols, com dez tentativas interceptadas, que asseguraram um ponto ao Bahia.

PRÓXIMO JOGO

O São Paulo volta a campo na quinta-feira (03), diante do San Lorenzo-ARG, na primeira partida das oitavas de final da Copa Sul-Americana, às 19h, na Argentina. Pelo Brasileirão, o próximo compromisso é diante do Atlético-MG, no próximo domingo (06), novamente no Morumbi, às 16h, pela 18ª rodada.

Disputando apenas o campeonato nacional, o Bahia jogará no próximo final de semana. No domingo (06), às 18h30, diante do América-MG, o confronto será na Arena Fonte Nova, em Salvador.

FICHA TÉCNICA

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Fase:

Única

Rodada:

17ª Rodada

Data:

30/07/2023

Horário:

11:00

Árbitro:

Ramon Abatti Abel (FIFA/SC)

Assistentes:

Alex dos Santos (SC) e Thiaggo Americano Labes (SC)

VAR:

Igor Junio Benevenuto de Oliveira (VAR-FIFA/MG)

Cartões Amarelos:

Bahia: Matheus Bahia, Gilberto, Gabriel Xavier e Rafael Ratão

Público:

56.078 Total

Renda:

R$ 3.968.358,00

Estádio:

Morumbi

Local:

São Paulo (SP)

São Paulo

Rafael;
Rafinha, Arboleda, Beraldo e Caio (Welington);
Pablo Maia, Alisson (Rodriguinho) e Rodrigo Nestor (Michel Araújo);
Wellington Rato (Alexandre Pato), Erison (Juan) e David.

Técnico: Lucas Silvestre (Auxiliar Técnico)

Bahia

Marcos Felipe;
Gilberto, Gabriel Xavier, Vitor Hugo e Matheus Bahia (Camilo Cándido);
Rezende (Rafael Ratão), Acevedo, Cauly e Thaciano (Raul Gustavo);
Ademir (Everaldo) e Vinícius Mingotti (Vitor Jacaré).

Técnico: Renato Paiva

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