Courtois abandona seleção belga após ver Lukaku com tarja de capitão: 'Chocado', diz técnico

O pai de Courtois ainda tentou defender o filho, alegando que estava contundido, mas o técnico Domenico Tedesco optou por falar a verdade

O treinador revelou que a bronca do goleiro já veio logo após o apito final do empate por 1 a 1. "Courtois disse que queria falar comigo antes da coletiva de imprensa pós-jogo.

Courtois
Courtois abandona seleção Belga. (Foto: Divulgação)

São Paulo, SP , 19 (AFI) – Os problemas parecem intermináveis na seleção belga. E a confusão da vez foi o abandono de Courtois na delegação que está na Estônia para mais uma rodada das Eliminatórias da Eurocopa. O goleiro não aceitou ver Lukaku com a tarja de capitão diante da Áustria e decidiu não se reapresentar com o grupo no domingo à noite.

O pai do goleiro ainda tentou defender o filho, alegando que estava contundido, mas o técnico Domenico Tedesco optou por falar a verdade e revelou que a capitania acabou gerando novo problema no grupo.

“Ainda estou surpreso e chocado com o que aconteceu”, afirmou Tedesco nesta segunda-feira, já em Tallinn, onde a seleção jogará contra a Estônia. “Não esperava que algo assim acontecesse. Em março decidimos que Kevin (De Bruyne) seria o capitão e que haveria dois vice-capitães: Lukaku e Courtois. Vários outros jogadores eram elegíveis, como Vertonghen e Carrasco, mas se tornou essa dupla”, revelou. “Como Kevin não estava lá agora, conversei com eles antes do jogo, com calma e sem contradições. Para o jogo com a Áustria foi Lukaku, então na Estônia a tarja ficaria com Courtois”, afirmou, sem entender o estresse e a precipitação do goleiro.

O treinador revelou que a bronca do goleiro já veio logo após o apito final do empate por 1 a 1. “Courtois disse que queria falar comigo antes da coletiva de imprensa pós-jogo. Conversamos por 15 a 20 minutos, ele não concordava por não ter sido o capitão contra a Áustria e disse que iria embora. Eu queria pará-lo, convencê-lo a não fazer isso, porque não era bom para a equipe, para o staff“, lembrou o treinador. “É uma decisão difícil que ele tomou. Acho muito ruim, porque eu o amo como goleiro, mas também como pessoa. Ele foi o primeiro dos capitães que visitei em março.”

Tedesco ainda teve de esclarecer sobre uma possível lesão que teria sido usada pelo pai do jogador como justificativa para a ausência. “Na conversa que tivemos isso nunca foi discutido.

O tema foi a questão da capitania. Acredite, seria muito mais fácil para mim dizer que ele está lesionado, mas isso não é verdade”, mostrou sinceridade. “Não vou mentir para a equipe, para os jogadores… Eu realmente não posso fazer isso”, alegou.

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