Coritiba reintegra Alef Manga ao elenco após atleta ser investigado por operação
O jogador foi afastado pelo clube no momento em que foi citado na Operação Penalidade Máxima II, mas sem provas concretas
Acreditando na inocência do jogador, o Coritiba readmitiu o atleta no elenco para a sequência da temporada
Curitiba, PR, 26 (AFI) – Um dos jogadores investigados pelo Ministério Público de Goiás no escândalo de apostas indevidas por jogadores de futebol, o atacante Alef Manga foi reintegrado ao elenco do Coritiba, segundo nota emitida pelo próprio clube em suas redes sociais.
O atleta é um dos investigados pela Operação Penalidade Máxima, mas sempre alegou inocência, ou seja, declarou não ter participado de nenhum esquema de apostas. O Coxa alegou falta de provas necessárias para declarar Alef culpado, e acreditando na inocência do jogador, o reintegrou ao elenco.
A nota emitida pelo time paranaense também ressalta que sua decisão pode ser alterada a partir de qualquer prova que condene uma efetiva participação indevida do atleta. Por ora, o jogador voltará às atividades já na próxima segunda-feira (29), para os treinamentos junto aos companheiros.
CONFIRA A NOTA EMITIDA PELO CORITIBA:
O Coritiba Foot Ball Club informa que em virtude da inexistência, até este momento, de evidências que sejam de conhecimento do Clube, que comprovem a participação do atleta Alef Manga em atos ilegais que atentem contra o resultado de partidas de futebol, bem como, diante da sua própria alegação de inocência, o mesmo participará regularmente das atividades do departamento de futebol, a partir da próxima segunda-feira, dia 29 de maio de 2023. O Coritiba esclarece ainda que esta decisão poderá ser modificada ou revogada, a qualquer tempo, se necessário for, em decorrência do transcurso das investigações da Operação Penalidade Máxima 2.
O QUE O INQUÉRITO DIZ?
Alef Manga aparece em troca de mensagens entre apostadores como um dos cinco atletas de Ceará, Coritiba, Juventude e Athletico-PR envolvidos em uma das rodadas de apostas mais bem sucedidas da quadrilha. O grupo apostou R$ 8.430, ao todo, que todos eles tomariam cartões amarelos em suas partidas da 25ª rodada do Brasileirão, em setembro de 2022. Com o acerto, o prêmio foi de R$ 730.616,00.
Os valores foram compartilhados nas trocas de mensagens anexadas à investigação. Em outra conversa, o suposto líder do esquema, o empresário Bruno Lopez, diz que Manga recebeu R$ 50 mil como “sinal”, pagamento antecipado, e ainda faltavam mais R$ 35 mil do acordo. O atacante coxa-branca foi o quinto jogador com mais cartões amarelos no Brasileirão do ano passado: 13 advertências.