Sul-Americana: Odair diz que Santos foi prejudicado e detona arbitragem
"Quem tinha que estar sentado neste lugar é o árbitro. Ele que poderia falar o que ele fez esta noite aqui"
Santista reclamam da expulsão de Joaquim, no fim do primeiro tempo
Santos, SP, 25 – A atuação do árbitro uruguaio Christian Ferreyra durante a derrota por 2 a 1 do Santos para o Audax Italiano revoltou o treinador Odair Hellmann. A principal reclamação foi sobre a expulsão de Joaquim, que recebeu um cartão amarelo após sofrer um pisão no pé. Nervoso, o zagueiro deu uma cotovelada em Sosa alguns minutos depois, foi punido com o segundo amarelo e acabou expulso, nos acréscimos do primeiro tempo. Na cobrança da falta originada pela expulsão, Sosa marcou de cabeça e empatou o placar, até então marcando 1 a 0 favorável ao Santos.
“Quem tinha que estar sentado neste lugar é o árbitro. Ele que poderia falar o que ele fez esta noite aqui. Muito estranho o que aconteceu hoje aqui. Até o momento que teve jogo, o Santos foi dono da partida, o Santos fez 1 a 0, poderia ter feito dois, poderia ter feito três. Criou situações, estava organizado, intenso e forte”, esbravejou Odair, antes de acrescentar que o maior problema de todos, em sua visão, foi um lateral mal marcado que desencadeou a sequência catastrófica.
“O lance não começa no cartão amarelo do agredido, começa em um lateral na minha frente. Um lateral na minha frente! Um lateral para o Santos, na minha frente e do quarto árbitro, que estava do meu lado, e ele deu lateral para o Audax. Neste momento de cobrar o lateral é que aconteceu o pisão no pé do Joaquim e o cartão amarelo para o cara que pisa no pé e para quem recebeu o pisão”, afirmou.
O treinador também chegou a reclamar do segundo cartão amarelo, mas confessou que não assistiu ao lance. Para ele, contudo, a má atuação da arbitragem não se resume às jogadas tiveram o cartão vermelho como desfecho.
“Não teve jogo, o juiz não quis que tivesse jogo, amarrou a partida. O juiz estava apressado para terminar o jogo, não deu amarelo para a equipe deles, amarelou toda a nossa equipe. Se ganhar do adversário no futebol já é difícil, ganhar de forças exteriores já é difícil. O jogo não passa pelo Santos, não passa nem pelo Audax, passa por este senhor, com todo respeito, na minha visão um profissional que não pode apitar uma competição tão importante”, disse.
Ainda nervoso, o treinador moderou a indignação para exaltar seu elenco, pois levou a campo um time sem nomes importantes como Lucas Lima e Dodi, poupados por desgaste físico. Com um meio de campo integrado por Alison, que não conseguiu se firmar desde que voltou ao clube após lesão grave, e pelo questionado Camacho, autor do gol santista, o treinador viu o Santos fazer um bom primeiro tempo até o momento da expulsão.
“Fizemos um primeiro tempo de alto nível, de construção, de domínio. Um time com muitas modificações. Quero ressaltar os jogadores que entraram, o Alison que fazia um tempo que não jogava desde o início, há quase um ano. Um sistema diferente, sem tempo para treinar. Quero parabenizar os jogadores pelo primeiro tempo que fizeram. A partir do momento que o árbitro interferiu na partida, não teve mais Audax e não teve mais Santos”, ressaltou.
Agora, o Santos se prepara para enfrentar o Red Bull, Bragantino, domingo, pelo Brasileirão, e Odair quer que o time transforme a raiva desta quarta em motivação. “Que a gente ganha do adversário e de quem quer que seja dentro do campo de jogo. Se tiver que lutar para ganhar não só do adversário, vamos lutar. Está todo mundo indignado, mas vamos reverter como jogo, como marcação, como time forte. Temos uma sequência importante. Temos que transformar essa raiva”.