Abel sobre o esquema de apostas: 'O futebol vai sobreviver'

Técnico lamentou as denúncias, mas aposta na competência das autoridades. Jogadores também discutem o assunto polêmico.

"O futebol é maior que todas as polêmicas, já tivemos tantas e ele vai continuar a sobreviver", resumiu o técnico do Palmeiras

Palmeiras- Abel Ferreira
Abel Ferreira acha que futebol vai superar crise. (TV Palmeiras)

São Paulo, SP, 11 –  Abel Ferreira comentou sobre a multiplicação de atletas acusados de participar de esquema de apostas no futebol brasileiro, descoberto pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por meio da operação Penalidade Máxima, que chegou à segunda fase nesta semana. O treinador do Palmeiras afirmou que a modalidade vai sobreviver a mais esse escândalo.

“O futebol é maior que todas as polêmicas, já tivemos tantas e ele vai continuar a sobreviver”, resumiu o técnico em declaração após ver seu time golear o Grêmio por 4 a 1 no Allianz Parque. “O que posso dizer é que é lamentável. Acredito que as entidades competentes vão fazer o seu trabalho, eles têm um trabalho de excelência e vamos deixar que tudo seja apurado. Lamento, mas o futebol sobrevive a muita coisa e vai sobreviver“, completou.
CONVERSA ENTRE JOGADORES

Raphael Veiga afirmou que os atletas conversaram sobre o esquema de apostas em partidas do futebol nacional, que agora passará a ser investigado também pela Polícia Federal por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O meio-campista do Palmeiras reprovou a conduta dos apostadores que aliciam os atletas e dos próprios atletas que aceitam participar do esquema.

“Nós, jogadores, conversamos. É uma situação delicada. Nesse momento, quando acontecem essas coisas muito sérias, tem muitas pessoas para apontar o dedo, brigar, achar algo. Na minha opinião, eu, Raphael, pelos meus princípios e valores inegociáveis, eu não curto essas coisas”, disse. “Mas cada um tem seu jeito de pensar, não sou eu que vou apontar o dedo, mas não estou de acordo”.

MP DENUNCIOU 16 JOGADORES

O MP de Goiás denunciou 16 pessoas, sendo sete delas jogadores: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe).

Os jogadores envolvidos no esquema receberiam valores que, de acordo com o MP-GO, variavam entre R$ 50 mil a R$ 500 mil para provocarem eventos específicos em jogos previamente selecionados, como cometer pênaltis, levar cartões amarelos ou vermelhos em determinada etapa da partida, diferença de gols no primeiro tempo, entre outros.

O processo, que conta com 113 páginas, também cita outros jogadores que não foram denunciados, mas teriam sido aliciados no esquema. São eles: Vitor Mendes, Pedrinho, Sávio, Nathan, Nino Paraíba e Dadá Belmonte.

CBF BANCA CAMPEONATO

Nesta quarta-feira, a CBF descartou paralisar as Séries A e B do Brasileirão. “Não há qualquer possibilidade de a competição atual ser suspensa”, afirmou a entidade, que defendeu que “a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente”. Também avisou que vem trabalhando com a Fifa e autoridades internacionais a elaboração de um “modelo padrão de investigação”.

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