Marrocos fez a festa. Brasil foi mal no 1º jogo pós Copa

Ficou claro que faltou tudo à equipe que ele colocou em campo para enfrentar a boa seleção de Marrocos, sábado à noite, em Tanger. 

Pelo que conheço dos jogadores que Ramon tinha em mãos, acho que seu erro foi  na escalação da equipe que entraria em campo

Seleção Brasileira
Ramon Menezes, interino. (Foto: Lucas Figueiredo - CBF - Divulgação)

Campinas, SP, 27 (AFI) – Fiz questão de acompanhar toda a cobertura feita pela imprensa esportiva brasileira do primeiro jogo de nossa seleção pós Copa do Mundo. Posso garantir que ninguém gostou do futebol da equipe dirigida pelo técnico interino, Ramon Menezes. Tudo bem que ele não teve tempo para organizar melhor seu time e para escolher os jogadores que entraram em campo como titulares. Mas ficou claro que faltou tudo à equipe que ele colocou em campo para enfrentar a boa seleção de Marrocos, sábado à noite, em Tanger. 
Pelo que conheço dos jogadores que ele tinha em mãos, acho que seu primeiro erro foi  na escalação da equipe que entraria em campo. Andrey Santos, por exemplo, nem merecia ser titular desde o começo da partida. Ele é apenas um principiante e não poderia ter sido tratado como se fosse um jogador já consagrado.
A presença de Lucas Paquetá no meio campo também foi um erro crasso. Este jogador nada fez na Copa, o que nos permite a pergunta: por que colocá-lo em campo logo no primeiro amistoso do Brasil depois do Mundial do Catar?

Vitor Roque
Vitor Roque jogando na Seleção Brasileira (Foto: Divulgação)

PLACAR JUSTO
O resultado final da partida foi  2  a 1 para Marrocos. Placar mais do que justo, porque a equipe da casa mostrou espírito coletivo, entrosamento, boa postura defensiva e boa presença ofensiva. Já o Brasil foi um aglomerado de jogadores sem nenhuma preocupação com esquema tático ou com quem deveria ficar mais na sobra ou estar mais perto do gol adversário.

Ramon preocupou-se apenas em manter o time bem na frente, marcando sob pressão para tentar atrapalhar a saída de bola adversária, mas se esqueceu de que, com todo seu time no campo adversário, daria espaço (como deu) para os contra- ataques do time da casa. Os gols foram marcados por Boufal, aos 28 minutos, em falha do lateral direito Emerson Royal, aos 29 minutos de jogo; Casemiro empatou aos 67 minutos, em chute de fora da área em que o goleiro Bono falhou terrivelmente.

E Sabiri, aos 79 minutos, em falha de marcação de Éder Militão, o atacante Sabiri fez o gol que deu os números finais ao placar do jogo. Bom lembrar que essa foi a primeira vitória de Marrocos sobre o Brasil. Nos dois jogos anteriores o time brasileiro venceu sem dificuldades. Prova de que o futebol marroquinho está em ascensão, e que o brasileiro está em franca decadência.

ANÁLISE DOS JOGADORES

Numa análise fria sobre os jogadores que defenderam o Brasil diria que o goleiro Weverton não teve culpa nos gols adversários. Os culpados foram seus zagueiros. Emerson Royal provou que não tem qualidade para jogar na seleção. Éder Militão é bom de bola, mas, volta e meia, comete um erro grave. Foi o que aconteceu na jogada do segundo gol marroquino. Ibañez fez bem sua função na quarta zaga.

Na lateral esquerda Alex Telles jogou o feijão com arroz. Mais marcou do que apoiou. Na cabeça de área, Casemiro esteve perfeito. Fez até um gol. Foi um dos poucos que se salvou entre os jogadores do Brasil. Andrey Santos, ao contrário, fez exibição fraca. Sentiu o fato de ser titular do meio de campo do Brasil. Falta-lhe experiência, rodagem.

Raphael Veiga entrou em seu lugar e melhorou o setor. Rony correu tanto quanto o faz no Palmeiras. Combateu, deu passes, arrematou, deu trabalho aos zagueiros adversários. Fez um boa estréia na seleção. Merece voltar. 

Já Antony, que entrou em seu lugar, pouco fez. Acho que lhe falta humildade. Não joga tudo o que pensa que joga. Lucas Paquetá foi desastroso. Yuri Alberto esteve pouco tempo em campo. Vinicius Junior jogou bem abaixo do esperado. Exibição pífia. Rodrygo correu, mas produziu pouco. Vitor Roque, do Athletico PR, também  não fez nada enquanto esteve em campo. 

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