Guarani tentou arrastar a definição através dos pênalti, mas foi até os seus limites
Ao se apresentar desfalcado de seus principais jogadores, era pedra cantada que o Guarani estaria fragilizado para este confronto
Ao se apresentar desfalcado de seus principais jogadores, era pedra cantada que o Guarani estaria fragilizado para este confronto
Campinas, SP, 18 (AFI) – No futebol, um clube vai até onde os seus limites permitem. E o limite do Guarani contra o Mirassol, na noite desta sexta-feira, no campo do adversário, foi até os 46 minutos do segundo tempo, quando sofreu o gol e foi derrotado por 1 a 0, resultado que determinou a eliminação da Copa Independência.
Ao se apresentar desfalcado de seus principais jogadores, era pedra cantada que o Guarani estaria fragilizado para este confronto, e a lógica seria atribuir favoritismo ao Mirassol.
Sem os meio-campistas Richard Rios e Giovanni Augusto, além do atacante Bruno José, houve desfiguração técnica do time bugrino, e em decorrência disso agiu acertadamente o treinador interino Moisés Moura ao adotar estratégia defensiva à equipe, atrás da linha da bola, como forma de tentar dificultar a penetração do Mirassol.
ISAQUE
Claro que, de posse de bola, a orientação era para a equipe usasse velocidade nos contra-ataques, mas com atuação apagadíssima de Isaque na ‘meiúca’, e o volante Matheus Barbosa abusando dos erros, a bola sequer chegava qualificada ao ataque, diante de um competitivo Mirassol, que sem a bola fazia pressão para tomá-la.
Embora os mandantes tivessem domínio absoluto da partida, o excesso de lentidão para que a bola chegasse ao ataque, principalmente no primeiro tempo, implicou que só ameaçassem a meta bugrina em duas bolas cruzadas da direita, porém sem capricho no cabeceio.
Isso ocorreu quando o centroavante Zé Roberto foi ao fundo do campo e fez levantamento perfeito para o cabeceio de Fernandinho, que colocou a bola à esquerda do goleiro bugrino Tony.
E se repetiu em cruzamento do lateral-direito Lucas Ramon, mas a cabeçada do lateral-esquerdo Guilherme Biro não atingiu o alvo.
UM CHUTE
Ao longo da partida, o time bugrino obrigou o goleiro Alex Muralha, do Mirassol, a praticar apenas uma defesa, em chute de fora da área do lateral-direito Diogo Mateus, aos 29 minutos, no desdobramento de sua primeira cobrança de escanteio naquele período.
Natural que o treinador do Mirassol, Ricardo Catalá, exigisse mais profundidade de sua equipe no segundo tempo, mas isso só ocorreu quando sacou o improdutivo meia Camilo para entrada do versátil Gabriel, a partir dos 19 minutos.
NEÍLTON
Quando indagarem os motivos de o atacante Neílton não ter camisa entre os titulares do Guarani, talvez a justificativa mais lógica seja o fato de ser pouco participativo na recomposição.
Com a bola nos pés ele sabe agrupar e ajuda no volume de jogo ofensivo, mas no futebol moderno atacante de beirada precisa marcar avanços de laterais.
EXPULSÃO
Se o Guarani até apostava em prolongar a definição do jogo através de cobranças de pênaltis, o Mirassol pretendia vitória no tempo normal.
E uma arrancada do atacante de beirada Fernandinho, em contra-ataque, complicou de vez a situação dos bugrinos, pois o zagueiro Alan Santos teve que matar a jogada, para impedir que o adversário ficasse na cara do gol.
Logo, acabou advertido com o segundo cartão amarelo, que originou o vermelho, aos 25 minutos.
A partir daquele momento o Mirassol aumentou o volume ofensivo, a bola passou a rondar a meta bugrina, tanto que o goleiro Tony praticou defesa incrível, com o pé, em cabeçada de Cauã, do Mirassol, aos 37 minutos.
Como o gol dos mandantes estava maduro, ele ocorreu em acertada troca de passes que começou com Danielzinho, que serviu Silvinho, até o passe para o interior da área e a finalização de Gabriel, no canto esquerdo, aos 46 minutos.
REFLEXÃO
Se cabe reflexão à comissão técnica bugrina – não apenas com foco neste jogo – é que vários jogadores reservas estão bem abaixo dos titulares, o que exige reestruturação no elenco visando a concorrida e longa Série B do Campeonato Brasileiro.