Lamentável! Cronistas esportivos são barrados em jogo da Copa Verde
A determinação partiu do presidente do Brasiliense, Luiz Estevão
Dois cronistas esportivos foram impedidos de realizarem seus trabalhos no jogo entre Brasiliense e Goiás
Brasília, DF, 08 (AFI) – Um fato lamentável aconteceu na noite desta quarta-feira, durante o jogo entre Brasiliense e Goiás, no Boca do Jacaré, pelas quartas de final da Copa Verde. Cronistas esportivos foram proibidos de realizarem seus trabalhos.
Dois profissionais que são filiados à Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD) foram barrados no Estádio Boca do Jacaré. O pior de tudo é que a determinação partiu do presidente do Brasiliense, Luiz Estevão, que é proprietário do Portal Metrópoles.
“Os profissionais possuem registro profissional, DRT, e estão prestando serviços a empresas de dados que municiam o GOOGLE, SOFT SPORTS, dentre outras empresas, como a Rede Globo, inclusive de sites de aposta. Inclusive, a empresa BETANO, que é um site de aposta, patrocina o torneio e dá o naming rights da competição”, diz parte da nota de repúdio publicada pela ABCD.
A entidade revelou ainda que a Polícia Militar foi avisada sobre o ocorrido e nada fez para garantir o direito do profissional exercer seu trabalho. Não está descartada uma ação judicial contra o Brasiliense.
ABRACE APOIA ATITUDE DA ABCD
O presidente da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (ABRACE), Artur Eugênio Mathias, declarou apoio a qualquer medida mais agressiva da ABCD. Para ele, está tendo abuso da CBF, de federações e até mesmo de alguns clubes.
“A CBF está passando dos limites e cometendo crime contra a organização do trabalho. A lei é clara: quem estiver devidamente credenciado por uma entidade de cronista esportivo tem livre acesso a qualquer estádio ou ginásio desportivo. Se algum profissional se sentir constrangido ou impedido de realizar seu trabalho, deve procurar a ABRACE ou a sua associação estadual que terá apoio, inclusive do ponto de vista jurídico.
O que a CBF e algumas federações estão fazendo é criminoso e os responsáveis deverão ser penalizados. A ABRACE vai apoiar toda medida para inibir essa ilegalidade, que começou com um discurso de restrição de trabalho durante a pandemia e hoje está servindo como cerceamento do trabalho profissional do cronista esportivo. Chegamos no limite e agora vamos enfrentar esses dirigentes que estão cometendo crime contra o trabalho do cronista esportivo”, disse Artur Eugênio Mathias, advogado e jornalista.
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