Palmeirenses que picharam o clube serão indiciados e vão pagar custos da pintura
Apesar do bom momento do time na temporada, torcedores estão na bronca com a presidente.
Leila Pereira foi alvo de críticas e pediu punição aos torcedores que picharam os muros do clube.
São Paulo, SP, 13 – A Polícia Civil de São Paulo identificou nesta segunda-feira um dos torcedores que picharam o muro da sede social do Palmeiras, na zona oeste da capital paulista, no fim do mês passado. Ele e outros pichadores – caso sejam identificados – terão de bancar os custos que o clube paulista teve com a pintura.
Segundo Cesar Saad, titular da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, (Drade), o torcedor será indiciado pelo crime de dano ao patrimônio privado e terá de pagar cerca de R$ 2 mil, valor gasto pelo Palmeiras para cobrir as pichações com cobranças direcionadas à diretoria, especialmente à presidente Leila Pereira.
A Policia Civil ainda trabalha para identificar os outros torcedores que participaram do ato. Se identificados, também serão indiciados e vão desembolsar uma quantia para cobrir os custos que o Palmeiras teve para reparar o vandalismo.
A pichação é considerada crime ambiental no Brasil. O artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), estipula pena de detenção de três meses a um ano e multa para “quem pichar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano”.
Palmeirenses picharam o muro da sede social do clube dia 23 de janeiro, na madrugada seguinte ao empate sem gols com o São Paulo. O principal alvo das manifestações foi a presidente Leila Pereira. Ela foi cobrada pela falta de reforços e chamada de “blogueirinha” nas mensagens inscritas na parede
Além de Leila, a diretoria do clube também foi lembrada nos protestos. “Queremos jogadores” e “diretoria fraca” escreveram os torcedores no muro da sede social do clube, na rua Palestra Itália.
Nenhuma torcida organizada reivindicou a autoria nas pichações. Durante o clássico com o São Paulo, cânticos direcionados à Leila e à diretoria do Palmeiras puderam ser ouvidos nas arquibancadas. O Estadão contatou a Mancha Alvi Verde, que reforçou as críticas à gestão da presidente, mas não reivindica a autoria.
“De acordo com o horário que soltaram as fotos, a Mancha estava no Sambódromo do Anhembi, acompanhando o ensaio da nossa escola de samba, que terminou por volta da meia noite”, afirmou a torcida organizada. “Reivindicamos contratações, mas somente após o jogo, com gritos dentro do Allianz Parque”.