Santos volta para casa à força e tenta amenizar crise diante do São Bento
Em mais uma tentativa de amenizar a pressão vinda das arquibancadas, o time comandado por Odair Hellmann recebe o São Bento no litoral paulista nesta quarta-feira, às 21h35
A preocupação é com protestos mais intensos de parte da torcida, que protagonizou uma invasão no CT Rei Pelé na semana passada, antes do clássico com os palmeirenses
Santos, SP, 08 – O Santos estava preparado para passar quase um mês jogando fora da Vila Belmiro, mas foi levado de volta para casa pela crise que vive neste início de ano. Em mais uma tentativa de amenizar a pressão vinda das arquibancadas, o time comandado por Odair Hellmann recebe o São Bento no litoral paulista nesta quarta-feira, às 21h35, em jogo da sétima rodada do Campeonato Paulista, inicialmente marcado para ocorrer no Canindé, em São Paulo, mas que teve o local alterado por motivos de segurança.
Último colocado do Grupo A, com seis pontos, o time alvinegro está quatro pontos atrás dos líderes Red Bull Bragantino e Inter de Limeira, portanto não tem chance alguma de se colocar entre os dois primeiros da chave neste meio de semana. O que mais preocupa, contudo, é a chance de chegar mais uma vez à reta final do estadual tendo de brigar contra o rebaixamento. No ano passado, quando escapou definitivamente da queda apenas na última rodada, chegou à sétima rodada com nove pontos, mais do que agora.
Ainda em 2022, a diretoria santista firmou um acordo com a FPF e a Portuguesa para utilizar o Canindé quando as reformas da Vila, sem data definida até agora, começarem. O trato exige que o clube mande jogos no estádio da capital paulista ao menos uma vez por mês, mesmo antes do início das obras, por isso o empate por 1 a 1 com a Ferroviária, dia 28 de janeiro, foi jogado lá, e duelo com o São Bento, já em fevereiro, também seria.
Isso faria a equipe jogar cinco partidas seguidas fora de Santos, pois enfrentará o São Paulo no Morumbi, mesmo local onde perdeu para o Palmeiras no final de semana, antes de ir ao ABC Paulista encarar o Santo André.
A série de cinco jogos na Grande São Paulo foi interrompida porque a Polícia Militar determinou que o confronto com o São Bento fosse realizado na Vila Belmiro, por entender que o local oferece mais segurança aos jogadores e à comissão técnica do que o Canindé. A preocupação é com protestos mais intensos de parte da torcida, que protagonizou uma invasão no CT Rei Pelé na semana passada, antes do clássico com os palmeirenses.
O clima tenso levou o Conselho Deliberativo do clube a realizar uma reunião na segunda-feira, com presença autorizada de torcedores organizados, para uma sabatina com o presidente Andres Rueda, que participou apenas por transmissão de vídeo. Enquanto isso, o técnico Odair Hellmann tenta trabalhar com os recursos que tem à disposição para reerguer o time. Depois do clássico, o meio-campista Vinicius Zanocelo foi diagnosticado com um estiramento ligamentar na clavícula direita e o goleiro João Paulo como uma tendinite na coxa esquerda .
Na Vila, o Santos vai encontrar um adversário bastante insatisfeito com a mudança repentina de local da partida. A alteração foi firmada pela Federação Paulista de Futebol na segunda-feira, dois dias antes, e afetou o planejamento do clube de Sorocaba, que divulgou uma nota assinada pelo presidente Almir Laurindo. O time é o vice-líder do Grupo C, com seis pontos.
“O Esporte Clube São Bento prontamente acatará a alteração do local da partida, ainda que isso venha trazer prejuízos de ordem logística e financeira aos cofres do clube”, diz um trecho do texto. “Ainda que a situação venha trazer prejuízos impossíveis de serem contabilizados neste momento, é certo que nada vai abalar a excelente fase que a equipe vem atravessando no Campeonato Paulista. É apenas um desafio a ser vencido, o que somente fortalecerá o elenco, comissão técnica, diretoria e com toda a certeza os torcedores do Azulão”.