Tomar 'chocolate' foi frustração para o pontepretano
É obrigatório que se esclareça que, mesmo que estivesse com time completo dificilmente escaparia de derrota, em Novo Horizonte.
E por jogar desfalcada de quatro titulares, caberia, em última análise, que o seu treinador Hélio dos Anjos fosse mais atento nas reposições.
Campinas, SP, 1 (AFI) – Pra começar a explicação sobre esse vexame da Ponte Preta, ao ser goleada por 3 a 0 pelo Novorizontino, é obrigatório que se esclareça que, mesmo que estivesse com time completo dificilmente escaparia de derrota, na noite desta quarta-feira, em Novo Horizonte, na queda de uma invencibilidade de cinco partidas.
E por jogar desfalcada de quatro importantes titulares, caberia, em última análise, que o seu treinador Hélio dos Anjos fosse mais atento nas reposições.
Sem a dupla de zaga titular – composta por Mateus Silva e Fábio Sanches -, natural se prever instabilidade com os reservas Guilherme Souza e Thiago Oliveira.
Logo, a prudência indicava temeridade com a escalação do jovem lateral-esquerdo Jean Carlos, na ausência do titular Arthur.
É sabido sobejamente sobre as deficiências de Jean Carlos na marcação, com o agravante da obrigação de marcar o rápido e hábil Douglas Baggio, do Novorizontino.
EDUARDO BAPTISTA
Como o treinador Eduardo Baptista, do Novorizontino, sabia que a ‘mina’ para jogadas ofensivas de sua equipe seria por ali, ainda soltou o seu lateral-direito Raul Prata para atacar.
Como o indefinido jogador Júnior Tavares, da Ponte Preta, não ataca e nem defende, foi pela direita da ofensiva dos mandantes a jogada que originou o primeiro gol, logo aos dois minutos.
Na bola cruzada por Raul Prata e rebatida com defeito por defensor pontepretano, Aylon, do Novorizontino, marcou.
DESARRUMAÇÃO
Foi o bastante para que ficasse devidamente caracterizada a desarrumação do time pontepretano, que não conseguia criar nada ofensivamente, e ainda deixava buracos para que o adversário pudesse explorá-los nos contra-ataques.
Num deles, quando Thiago Oliveira se atrapalhou na disputa com o centroavante Rodolfo, o seu parceiro de zaga Guilherme Sousa foi matar a jogada, como último homem da defesa, e acabou expulso, aos 29 minutos.
DOS ANJOS DESAFINA
Naquela circunstância, qualquer treinador recompõe a zaga com jogador de banco, como ocorreu com a entrada de Edson.
Daí a sacar o atacante Pablo Dyego, que poderia dar sustentação ao ataque, foi inconveniência de Hélio dos Anjos.
Ora, por que Júnior Tavares é ‘imexível’?
Se não marca e muito menos ataca, por que não foi o escolhido na substituição?
Como a desafinação da Ponte passava pelo seu treinador e se estendia ao time, disso se aproveitou o Novorizontino na tentativa de ampliar a vantagem.
Por duas vezes através de Baggio e outra com Rodolfo, o segundo gol não saiu, ainda no primeiro tempo, devido às defesas precisas do goleiro Caíque França.
ÉLVIS
Naquele diapasão, a Ponte só havia ameaçado em chute forte do meia Élvis, em cobrança de falta, com rebote do goleiro Georgemy, mas bola caindo nos pés do volante Amaral, que a chutou para fora.
Teria Élvis sentido algum desconforto muscular ao bater naquela bola?
Mesmo sem reeditar aquilo que sabe, não havia outro motivo para deixar o time no intervalo, para proposta de sustentação ofensiva com a entrada de Dudu.
Sem Élvis, quem vai fazer a bola chegar qualificada ao ataque para Dudu e Jeh buscarem a complementação?
MAIS DOIS GOLS
Não bastasse esses disparates, com 40 segundos do segundo tempo a Ponte Preta sofreu o segundo gol.
Em arrancada do Novorizontino pela esquerda e cruzamento rasteiro, Jean Carlos se precipitou e desviou a bola contra a sua própria meta, na tentativa de evitar que Baggio, atrás dele, completasse o lance: 2 a 0.
Sequer o time pontepretano havia absorvido a segunda ‘pancada’, veio a terceira.
Pior: em cobrança de escanteio no primeiro pau, com Renan Gorne apenas desviando de cabeça, aos cinco minutos.
JEAN CARLOS
Aí, com a ‘viola e cacos’ e o nervoso Jean Carlos correndo risco de ser expulso, pois já havia recebido cartão amarelo, Dos Anjos decidiu sacá-lo, aos nove minutos, para entrada de Gui Pira.
Naquela substituição o comandante fez o óbvio: recuou Júnior Tavares para a lateral-esquerda.
Após aquele ‘nocaute’, a Ponte Preta ficou perdidinha em campo, com bola rebatida para qualquer lado e sem qualquer sentido de organização.
Pela estatística, em apenas mais uma ocasião, através de Gui Pira, a Ponte Preta exigiu que o goleiro Giorgemy fechasse o ângulo e cedesse escanteio.
SEM PRESSA
E mesmo administrando o jogo, rolando a bola sem pressa, o Novorizontino ainda criou embaraço em duas ocasiões.
Primeiro quando Renan apareceu livre entre os zagueiros para desviar de cabeça e colocar a bola para fora.
Depois, em cabeçada de Léo Tocantins, o goleiro Caíque França praticou defesa, a bola ainda resvalou na trave, mas Renan Gorne, que quis explorar a sobra, estava impedido.
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